“É preciso agir” é o alerta da campanha setembro amarelo da associação brasileira de psiquiatria

Setembro-Amarelo-ov9rja4n0cxsjuujncgi1y30y2vh4i8o4f9wm6o8zcEm 2014, 10.631 pessoas cometeram suicídio no Brasil segundo a Organização Mundial de Saúde. Um a cada 4 jovens considerou seriamente a possibilidade de suicídio nos últimos 30 dias. O bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Ferrería Paz provoca a Igreja para fortalecer iniciativas de prevenção nas comunidades.

No mundo, estima-se que 800 mil pessoas, a casa ano, cometem suicídio. É para estas realidades que o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, estabelecido pela OMS no dia 10 de setembro, faz o alerta: “É preciso agir”. Mais de 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados caso as pessoas que o cometem fossem ouvidas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para aumentar a possibilidade de salvar vidas, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo, desde 2014. Este ano a campanha tem o mote: “É preciso agir”. Em um site, especialmente criado para a campanha, é possível encontrar as diretrizes e o material de divulgação e suporte para a participação na campanha.

O bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, disse que a Igreja no Brasil participa desta campanha de diferentes formas divulgando as iniciativas nas comunidades. A Pastoral da Saúde junto a psiquiatras e psicólogos católicos realiza eventos em várias dioceses.

Segundo o bispo o impacto da pandemia, com o isolamento social e o desemprego, associadas à deterioração das condições de vida são recentemente potenciais fatores para o aumento nos casos de suicídios no Brasil. Este contexto, no qual a vida está por um fio e sem perspectivas de futuro, é muito preocupante especialmente para os jovens alerta dom Roberto.

O que as comunidades eclesiais podem fazer

A escuta organizada para a prevenção ao suicídio é algo que toda comunidade pode fazer, apontou o bispo referencial da Pastoral da Saúde. Desta forma, segundo ele, é possível identificar os sinais e a presença do desejo de tirar a própria vida e reduzir o número de mortes uma vez que 90% dos casos são reversíveis. “Para desistir do suicídio basta ser ouvido com amor”, disse.

O bispo também fez o alerta da presença na internet de grupos que promovem a prática com mensagens negativas. O bispo elogia as iniciativas de escuta espiritual e religioso organizados pelas comunidades e também atendimento terapêutico neste contexto da pandemia e reforça que a Igreja no Brasil deve investir mais nestas inciativas.

Estas iniciativas giram em torno do que ele considera com uma verdadeira pastoral da escuta e de aconselhamento. “O Serviço de Escuta e aconselhamento neste tempo da pandemia são fundamentais. Vamos rezar neste mês de setembro e animar a todas as pastorais e comunidades em torno deste tema que pode estar perto de cada um de nós, um vizinho, um familiar e um irmão”, convocou.

Ajuda imediata

Dom Roberto Ferrería desafiou a Igreja no Brasil a se aproximar do Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), email e chat 24 horas todos os dias.

Considerando que o isolamento social é um entre os vários fatores de risco, é possível afirmar que o número de suicídios aumentou neste contexto da pandemia. Em caso de emergência, ligue para o SAMU no número 192.

Fonte: Site da CNBB

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