Publicação da Edições CNBB oferece formação sobre a Celebração Eucarística a partir da nova tradução do Missal Romano

Formacao-Mistagogica-Edicoes-CNBBA Edições CNBB lançou o livro “Formação Mistagógica da Celebração Eucarística”. Organizado a partir da terceira edição típica do Missal Romano, o livro nasce como uma proposta de formação sobre a Celebração Eucarística e conduz o leitor em cada uma das partes do mistério celebrado, revelando-o por meio dos ritos, gestos e símbolos. A obra é uma resposta fiel e criativa ao chamado da Constituição Sacrosanctum Concilium para a redescoberta da teologia eucarística. Com quatro capítulos, conclusão e referências bibliográficas, o livro detalha, em 148 páginas, os “ritos iniciais”, “liturgia da Palavra”, “liturgia Eucarística” e “ritos finais”.

A publicação é fruto do trabalho de quatro autores: o monge beneditino e doutor em Sagrada Liturgia pelo Ateneu Santo Anselmo de Roma, dom Jerônimo Pereira, o assessor da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e doutor em Teologia Sacramental pelo Ateneu Santo Anselmo de Roma, frei Felipe Marques, o missionário redentorista, doutor em Teologia pela PUC-SP, padre Rodrigo Arnoso, e o mestre em Teologia e Especialista em Liturgia, Ciência e Cultura pela PUC-SP, padre Thiago Faccini.

“Como liturgistas, unimos esforços para traduzir, nesta obra, em linguagem didática e profunda, a grandeza do mistério celebrado pela sagrada liturgia, que se comunica na ação simbólico-atual”, dizem os autores na introdução da publicação.

Instrumento de estudo e formação

A apresentação do livro é do bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto Farias. “A terceira edição típica do Missal Romano para o Brasil é um verdadeiro instrumento desse esforço da Igreja de nos levar a professar a sua mais genuína fé, através dos ritos que compõem a Eucaristia. Por isso, o presente volume quer ser um instrumento de formação e de estímulo ao estudo e ao aprofundamento da vida litúrgico-eucarística de nossas comunidades, para que a recepção do Missal encontre eco em nossos corações e em nossas vidas, abertas à ação do Senhor ressuscitado”, escreveu em um trecho o bispo.

Como adquirir

O livro pode ser adquirido na aba de “lançamentos” no site da Edições CNBB: edicoescnbb.com.br

*Fonte: Site da CNBB

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz trata sobre Inteligência Artificial

mobile-phone-842814 1280Foi divulgada, nesta quinta-feira (14), a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz que será celebrado em 1º de janeiro próximo, sobre o tema “Inteligência Artificial e Paz”.

“A inteligência é expressão da dignidade que nos foi dada pelo Criador, que nos fez à sua imagem e semelhança e nos tornou capazes, através da liberdade e do conhecimento, de responder ao seu amor. Esta qualidade fundamentalmente relacional da inteligência humana manifesta-se de modo particular na ciência e na tecnologia, que são produtos extraordinários do seu potencial criativo”, escreve Francisco na mensagem.

Segundo o Papa, “o progresso da ciência e da técnica – na medida em que contribui para uma melhor organização da sociedade humana, para o aumento da liberdade e da comunhão fraterna – leva ao aperfeiçoamento do homem e à transformação do mundo”.

Francisco ressalta que “os progressos técnico-científicos, que permitem exercer um controle – até agora inédito – sobre a realidade, colocam nas mãos do homem um vasto leque de possibilidades, algumas das quais podem constituir um risco para a sobrevivência humana e um perigo para a Casa comum”.

Prossecução da paz e do bem comum

“Os progressos da informática e o desenvolvimento das tecnologias digitais, nas últimas décadas, começaram já a produzir profundas transformações na sociedade global e nas suas dinâmicas. Os novos instrumentos digitais estão mudando a fisionomia das comunicações, da administração pública, da instrução, do consumo, dos intercâmbios pessoais e de inúmeros outros aspectos da vida diária”, escreve ainda o Papa.

Segundo Francisco, “a imensa expansão da tecnologia deve ser acompanhada por uma adequada formação da responsabilidade pelo seu desenvolvimento. A liberdade e a convivência pacífica ficam ameaçadas, quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, da ânsia de lucro e da sede de poder”.

“Por isso, temos o dever de alargar o olhar e orientar a pesquisa técnico-científica para a prossecução da paz e do bem comum, ao serviço do desenvolvimento integral do homem e da comunidade”, ressalta o Santo Padre.

Progresso digital, respeito pela justiça e pela causa da paz

Francisco chama a atenção para quando “a inteligência artificial é utilizada em campanhas de desinformação que espalham notícias falsas e levam a uma desconfiança crescente relativamente aos meios de comunicação”.

A propósito das máquinas inteligentes, elas “podem desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas com uma eficiência cada vez maior, mas a finalidade e o significado das suas operações continuarão sendo determinados ou capacitados por seres humanos com o seu próprio universo de valores”.

De acordo com o Papa, “não se deve permitir que os algoritmos determinem o modo como entendemos os direitos humanos, ponham de lado os valores essenciais da compaixão, da misericórdia e do perdão, ou eliminem a possibilidade de um indivíduo mudar e deixar para trás o passado”.

Inteligência Artificial e desenvolvimento humano integral

No texto, Francisco considera “o impacto das novas tecnologias no âmbito do trabalho: trabalhos, que outrora eram prerrogativa exclusiva da mão-de-obra humana, acabam rapidamente absorvidos pelas aplicações industriais da inteligência artificial. Também neste caso, há substancialmente o risco de uma vantagem desproporcionada para poucos à custa do empobrecimento de muitos. A Comunidade Internacional, ao ver como tais formas de tecnologia penetram cada vez mais profundamente nos locais de trabalho, deveria considerar como alta prioridade o respeito pela dignidade dos trabalhadores e a importância do emprego para o bem-estar econômico das pessoas, das famílias e das sociedades, a estabilidade dos empregos e a equidade dos salários”.

Discernimento no uso de dados e conteúdos da internet

A seguir, o Pontífice recorda que “os jovens estão crescendo em ambientes culturais impregnados de tecnologia, o que não pode deixar de pôr em causa os métodos de ensino e formação”. “É necessário que os jovens desenvolvam uma capacidade de discernimento no uso de dados e conteúdos recolhidos na internet ou produzidos por sistemas de inteligência artificial. As escolas, as universidades e as sociedades científicas são chamadas a ajudar os estudantes e profissionais a assumir os aspectos sociais e éticos do progresso e da utilização da tecnologia”.

O Papa exorta “a Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas”. Segundo ele, “nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, deve ser levada em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais”.

Francisco conclui a mensagem, desejando que “os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial sirvam, em última análise, a causa da fraternidade humana e da paz”, e espera “que o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana”.

Fonte: Site Vatican News

Papa pede a todos para valorizar o silêncio e a sobriedade, inclusive nas redes sociais

cq5dam.web .800.800-14Libertar-se do supérfluo para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus: para o Papa Francisco, esta é a mensagem principal que o Evangelho nos apresenta neste II Domingo do Advento.

Já com a Praça São Pedro enfeitada para o Natal, o Pontífice rezou com milhares de fiéis a oração do Angelus e comentou o trecho do evangelista Marcos, que fala de João Batista, o precursor de Jesus. O Papa se deteve no versículo em que o Batista é descrito como “voz daquele que grita no deserto”, para refletir sobre as palavras “voz” e “deserto”.

O deserto é o local do silêncio e da essencialidade, onde não é permitido divagar sobre coisas inúteis, mas é preciso se concentrar no que é indispensável para viver.

“Eis um chamado sempre atual: para proceder no caminho da vida, é necessário despir-se do ‘a mais’, porque viver bem não quer dizer encher-se de coisas inúteis, mas se libertar do supérfluo, para cavar em profundidade dentro de si, para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus.”

Para Francisco, somente se fizermos espaço a Jesus através do silêncio e da oração, saberemos nos libertar da poluição das palavras vãs e dos falatórios. Nesse sentido, o silêncio e a sobriedade – nas palavras, no uso das coisas, na mídia e nas redes sociais – não são só “promessas” ou virtude, mas elementos essenciais da vida cristã.

Já a voz é o instrumento com o qual manifestamos o que pensamos e levamos no coração, e está intimamente relacionada ao silêncio, porque expressa aquilo que amadurece dentro, da escuta daquilo que o Espírito sugere.

“Se não se é capaz de calar, é difícil que se tenha algo de bom a dizer; enquanto mais atento é o silêncio, mais forte é a palavra”, disse o Papa.

A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas?

Francisco então convida os fiéis a se questionarem: que lugar ocupa o silêncio nos meus dias? É um silêncio vazio, talvez opressor, ou um espaço de escuta, de oração, onde custodiar o coração? A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas?

Mesmo que signifique ir contracorrente, exortou, valorizemos o silêncio, a sobriedade e a escuta.

“Que Maria, Virgem do silêncio, nos ajude a amar o deserto, para nos tornar vozes críveis que anunciam o seu Filho que vem.”

Fonte: Site Vatican News

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