Itaipu. Bispos do Paraguai pedem que seja esclarecido o acordo com o Brasil

Protestos-contra-o-acordo-do-Paraguai-com-o-Brasil-sobre-a-Usina-de-Itaipu-Protestos-contra-o-acordo-do-Paraguai-com-o-Brasil-sobre-a-Usina-de-ItaipuFoi um acordo secreto que gerou muitos protestos no país. E agora, o pedido de esclarecimentos por parte dos bispos. O Paraguai está em grande agitação pelo caso do acordo com o Brasil sobre a fornecimento de energia através da Usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo.

Buscar o bem e a transparência

“Pedimos que haja esclarecimentos e transparência sobre tudo o que fizeram até agora, e que sejam assumidas as responsabilidades devidas de um fato que gerou uma importante crise nas esferas políticas do país”, indicaram os bispos em um comunicado de 30 de julho, enviado da casa de retiro Emaús, onde realizam sua 222ª assembleia plenária extraordinária.

“A Conferência Episcopal do Paraguai aplaude o gesto patriótico do povo, que implica estar informado e interessado pelo bem comum, garantia da salvaguarda da soberania nacional”, acrescenta o texto.

Sobre o acordo da hidrelétrica de Itaipu, os bispos indicaram que é um “tema sensível e estratégico para o Paraguai. Por isso, é fundamental que esse tipo de acordo e negociação seja realizado com um alto nível de patriotismo, participação e socialização”.

“Acreditamos que a crise provocada, nessas circunstâncias, é razão suficiente para apostar e promover, ainda mais, o trabalho interdisciplinar (jurídico, técnico, econômico e político) de alto nível, com pessoas competentes, com fortes convicções éticas e patrióticas; isso pode garantir condições justas e transparentes para os interesses do Paraguai”, ressaltaram.

Assinado um “acordo secreto” com o Brasil

No dia 24 de maio foi assinado um “acordo secreto” entre o governo paraguaio, de Mário Abdo Benítez, e o Brasil. O tratado estabelece novos termos para a contratação anual de potência energética da hidrelétrica, compartilhada pelos dois países. Mas depois que o conteúdo foi conhecido houve muitas baixas no governo local, pois afirmam que o compromisso obrigava o Paraguai a comprar mais energia do que necessita e que isso dependia de uma atitude extorsiva por parte da companhia elétrica brasileira Eletrobrás. Tudo isso levou a numerosas manifestações e protestos, que levaram o Senado a votar uma moção contra o acordo obrigando o governo a renegociá-lo.

Pela soberania do país

“Como pastores da Igreja, acompanhamos este processo com nossa oração e pedimos a intercessão de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira do Paraguai, de São Roque González de Santa Cruz e da Beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado, ‘Chiquitunga’, para que Deus ilumine nossas autoridades e nos ajude todos a cuidar juntos da soberania de nosso país juntos”, concluíram.

Fonte: Site Vatican News

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