Pascom irradia ações próprias do campo da comunicação para a vida pastoral da Igreja

Pascom-brasilNesta semana, especificamente no dia 7 de junho, é celebrada a liberdade de imprensa, direito dos profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações, um pressuposto para a democracia. A data é celebrada em todo o mundo, principalmente por profissionais da área de comunicação, que em meio à pandemia do coronavírus estão sendo alvos sistemáticos de tentativas de desqualificação.

Nos últimos meses, por exemplo, foi constatado no Brasil uma onda de ataques e intimidações direcionadas aos jornalistas. Os recentes insultos provam, muitas vezes, que há uma limitação à liberdade de expressão.

Marcus Tullius, coordenador nacional da Pastoral da Comunicação, Pascom Brasil, considera os últimos acontecimentos não apenas lamentáveis, mas condenáveis. “Em uma sociedade que se diz democrática, a liberdade de expressão e o direito à liberdade de imprensa garante a saúde da democracia e, a partir do momento que os jornalistas são agredidos verbalmente, fisicamente, a gente percebe então as ruínas que começam ou que se mostram no nosso sistema democrático”, afirma.

Atualmente, a Pastoral da Comunicação ocupa um lugar específico na vida eclesial, que lhe permite irradiar as ações próprias do campo da comunicação para a vida pastoral. É constituída de trabalho voluntário, mas conta também com a ajuda de profissionais da comunicação (jornalistas, publicitários). “Nós nos solidarizamos com todos esses profissionais e, claro, a Igreja como uma voz da verdade, porque é a voz do Evangelho, não pode aceitar que os ataques à liberdade da imprensa prejudiquem a sociedade brasileira, principalmente nesse momento tão difícil que a gente está vivendo”, aponta Marcus.

Na última terça-feira, dia 2 de junho, a Pastoral da Comunicação realizou, de forma on-line, uma reunião ampliada para refletir o momento presente e sua contribuição na Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Esta foi a primeira de uma série de reflexões a partir de diversas perspectivas e contou com a participação de bispos referenciais da comunicação nos regionais, coordenadores regionais e assessores eclesiásticos da Pascom.

Padre Tiago Sibula, assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, disse que o contexto do encontro, diante do momento de pandemia, foi para articular e planejar as próximas ações. “A Pastoral da Comunicação se tornou uma Pastoral de frente, de fronteira, de modo que na pandemia ela passou a ter uma visibilidade muito maior e sendo uma Pastoral do serviço e da unidade, nós pensamos em articular essas reuniões”, explicou.

De modo geral, os participantes se juntaram para apresentar suas perspectivas e olhares sobre a ação da Igreja a partir dos meios de comunicação. “Todos entenderam que a Pastoral da Comunicação é importantíssima nesses novos tempos. Entendemos que não podemos mais voltar atrás nos passos dados e nas novas iniciativas alcançadas, o que é necessário agora é que nós possamos entender, a partir dos campos Pastoral, Litúrgico, Social, Antropológico, como nós podemos contribuir com a Igreja”, disse padre Tiago.

O próximo encontro da Pascom está programado para acontecer no dia 9 de junho. “O primeiro foi extremamente positivo, as reflexões contribuíram muito e certamente vão nos dar elementos robustos para pensarmos os caminhos dessa Pastoral que se tornou estratégica”, finalizou Marcus Tullius, coordenador nacional da Pascom.

*Fonte: Site da CNBB

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