Campanha para Evangelização de 2017 será em sintonia com o Ano do Laicato

CE-2017-siteA Igreja no Brasil se prepara para a Campanha para a Evangelização, que acontecerá do Dia de Cristo Rei até o 3º Domingo do Advento. A iniciativa visa despertar os discípulos missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade com a sustentação das atividades pastorais no Brasil. Nesta edição, é proposto o tema “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14), em sintonia com o Ano Nacional do Laicato, que terá início no mesmo dia da Campanha.

Outro objetivo da Campanha é favorecer a vivência do tempo litúrgico do Advento e mobilizar os católicos do Brasil para uma Coleta Nacional que ofereça recursos a serem aplicados na sustentação do trabalho missionário no Brasil. Tal iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas.

Coleta 

O gesto concreto da Campanha para a Evangelização é a Coleta do 3º Domingo do Advento. De acordo com a Comissão Episcopal responsável pela campanha, pretende-se com os recursos arrecadados neste ano apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil promovidas pelos cristãos leigos e leigas no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes.

A colaboração na Coleta será partilhada, solidariamente, entre as dioceses, que receberão 45% dos recursos; os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que terão 20%; e a CNBB Nacional, que contará com 35% das contribuições.

A editora Edições CNBB já preparou os materiais para a Campanha. Foram enviados às dioceses os envelopes para a coleta e estão disponíveis um folder e o cartaz.


ORAÇÃO DA CAMPANHA PARA EVANGELIZAÇÃO 2017

Deus, nosso Pai, que chamastes todos os povos da Terra para a Igreja do vosso Filho,
nós vos pedimos que susciteis em nós o compromisso com a Evangelização,
para que todos conheçam a vida que de vós provém.
Jesus, Filho amado do Pai, nós vos pedimos por todos os cristãos leigos e leigas,
a fim de que sejam sal e luz nesse mundo,
transformando-o por meio do Evangelho numa realidade mais justa e fraterna.
Espírito Santo, vínculo da caridade, despertai em nossas comunidades e em toda a Igreja no Brasil o senso da partilha e que, por meio da Coleta para a Evangelização e do testemunho
de comunhão, todas as comunidades recebam a força do Evangelho.
Maria, Estrela da Evangelização, mãe e seguidora de Jesus, intercedei por nós.

Amém!

Fonte: cnbb.net.br

O Brasil tem 30 novos Santos: Papa canoniza mártires de Cunhaú e Uruaçu

papasantosA Igreja tem 35 novos Santos, e entre eles, 30 brasileiros. Em cerimônia presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo (15/10) na Praça São Pedro, foram canonizados os mártires de Cunhaú e Uruaçu, os Protomártires do México – considerados os primeiros mártires do continente americano - além do sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, Filhas da Divina Pastora, e do Frade Menor Capuchinho italiano Angelo d’Acri.

Após ser cantado o Veni Creator, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, acompanhado pelos Postuladores das Causas, dirigiu-se até o Santo Padre pedindo para que se procedesse à canonização dos Beatos, com a leitura de seus nomes.


A seguir, foi lida uma breve biografia dos novos Santos e entoada a Ladainha de todos os Santos, pedindo que por meio da Virgem Maria e de todos os Santos seja sustentado o ato que está para ser cumprido. Por fim, o Santo Padre leu a fórmula de canonização.

Homilia

Se se perde o amor de vista, “a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a serem respeitadas sem um porquê”.
Inspirando-se no Evangelho de Mateus proposto pela Liturgia do dia, o Papa recorda em sua homilia que ”o Reino de Deus é comparável a uma Festa de Núpcias”. Nós, “somos os amados, os convidados” para estas núpcias, mas “o convite pode ser recusado”. Neste sentido, somos chamados a “renovar a cada dia a opção de Deus”, vivendo segundo o amor verdadeiro, superando a resignação e os caprichos de nosso eu”.

Nós somos os convidados

Francisco inicia sua reflexão explicando que o protagonista da festa de núpcias “é o filho do rei, o noivo, no qual facilmente se vislumbra Jesus”. Mas na parábola, não se fala da noiva, “mas de muitos convidados, desejados e esperados: são aqueles que trazem as vestes nupciais:

“Tais convidados somos nós, todos nós, porque o Senhor deseja «celebrar as bodas» com cada um de nós. As núpcias inauguram uma comunhão total de vida: é o que Deus deseja ter com cada um de nós. Por isso o nosso relacionamento com Ele não se pode limitar ao dos devotados súditos com o rei, ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos alunos diligentes com o mestre, mas é, antes de tudo, o relacionamento da noiva amada com o noivo”.

Vida cristã é uma história de amor com Deus

Em outras palavras – explica Francisco – o Senhor “não se contenta com o nosso bom cumprimento dos deveres e a observância de suas leis, mas quer uma verdadeira comunhão de vida conosco, uma relação feita de diálogo, confiança e amor”:

“Esta é a vida cristã, uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor e nenhum de nós pode gloriar-se de ter a exclusividade do convite: ninguém é privilegiado relativamente aos outros, mas cada um é privilegiado diante de Deus. Deste amor gratuito, terno e privilegiado, nasce e renasce incessantemente a vida cristã”.

Francisco pergunta porém, se em nosso dia-a-dia nos recordamos de dizer “ao menos uma vez”, “Senhor, vos amo. Vós sois a minha vida”:

“Com efeito, se se perde de vista o amor, a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a respeitar sem um porquê. Ao contrário, o Deus da vida espera uma resposta de vida, o Senhor do amor espera uma resposta de amor”.

Reavivar a memória do primeiro amor

O Papa alerta para o perigo “de uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a «normalidade», sem zelo nem entusiasmo e com a memória curta”.

Neste sentido, somos chamados a reavivar a memória do primeiro amor: “somos os amados, os convidados para as núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia a magnífica oportunidade de responder ao convite”.

A recusa do convite

Mas este convite pode ser recusado. O Evangelho – observa o Papa – relata que muitos convidados disseram não, pois “estavam presos aos próprios interesses”, “ao seu campo, ao seu negócio”.

A palavra “seu” – frisa Francisco – “é a chave para entender o motivo da recusa”. Nos afastamos do amor, “não por malvadez”, mas porque se prefere “as seguranças, a autoafirmação, as comodidades”:

“Então reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas deste modo envelhece-se depressa e mal, porque se envelhece dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, envelhece. E quando tudo fica dependente do próprio eu – daquilo com que concordo, daquilo que me serve, daquilo que pretendo –, tornamo-nos rígidos e maus, reagimos maltratando por nada, como os convidados do Evangelho que chegam ao ponto de insultar e até matar aqueles que levaram o convite, apenas porque os incomodavam”.

Deus é o oposto do egoísmo

“Deus é o oposto do egoísmo, da autorreferencialidade”, pois diante de nossas contínuas recusas e fechamentos, “não adia a festa. Não se resigna, mas continua a convidar”:

“Vendo os «nãos», não fecha a porta, mas inclui ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo que sofre com os nossos «nãos», continua a relançar, prossegue na preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque assim faz o amor; porque só assim se vence o mal”.

Hoje – portanto – “este Deus que não perde jamais a esperança, nos compromete a fazer como ele, a viver segundo o amor verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso “eu” suscetível e preguiçoso".

As vestes dos convidados

O Papa destaca então, um último aspecto do Evangelho do dia: “as vestes dos convidados, que são indispensáveis”. Ou seja, não basta responder ao convite dizendo sim e basta, “mas é preciso vestir” “o hábito do amor vivido cada dia”, porque “não se pode dizer “Senhor, Senhor”, sem viver e praticar a vontade de Deus. Precisamos nos revestir a cada dia do seu amor, de renovar a cada dia a opção de Deus”:

“Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram «sim» ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste branca, o vestido nupcial para Deus.”

Perdão do Senhor, passo decisivo para entrar na sala das núpcias

Que “peçamos a Ele, pela intercessão destes nossos irmãos e irmãs santos, a graça de optar por trazer cada dia esta veste e de a manter branca”, o que é possível, “antes de mais nada, indo sem medo receber o perdão do Senhor, o passo decisivo para entrar na sala das núpcias e celebrar a festa do amor com Ele”.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, 35 mil fiéis participaram da celebração.

Fonte: br.radiovaticana.va

Prêmio Nobel da Paz 2017 põe em foco a luta pelo fim da utilização de armas nucleares

ICANA campanha internacional para proibir as armas nucleares (ICAN, na sigla em inglês) recebeu na sexta-feira, 6 de outubro, o Prêmio Nobel da Paz de 2017. Trata-se de uma coalizão de organizações não governamentais de cerca de 100 países. A organização recebe o prêmio por seu trabalho em chamar a atenção para as consequências catastróficas do uso de armas nucleares e por seus esforços para chegar a um tratado que proíba esse tipo de armas. O comitê norueguês fez sua escolha este ano entre 318 candidaturas, sendo 217 individuais e 103 de organizações. O ganhador sucede o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, destacado por seus “esforços decididos” em levar a paz a seu país após 52 anos de conflito armado.

Todos os Estados, organizações internacionais e organizações da sociedade civil devem reconhecer que “é um imperativo humanitário universal banir as armas nucleares, mesmo para os Estados que não as têm”, afirma, na página do Facebook, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN), vencedora do prémio Nobel da Paz 2017.

Para Chico Whitaker, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CPJP), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é bem evidente que este prêmio foi concedido diante dos riscos reais que o mundo está correndo com as ameaças de uso de bombas nucleares pela Coreia do Norte e pela imprevisibilidade das atitudes de Trump. “Denunciar esses riscos e lutar para evitá-los é um ainda maior desafio que o Nobel da Paz de 2017 coloca para o mundo e particularmente para nós brasileiros”, disse.

O Prêmio Nobel desse ano também chama a atenção, segundo Chico Whitaker, para o chamado uso civil da energia atômica em usinas para produzir eletricidade. “Os efeitos trágicos de acidentes nessas usinas – muito maiores do que a explosão de uma bomba – são praticamente ignorados de nossa população e totalmente desconsiderados pelos nossos irresponsáveis políticos”, disse.

“O prêmio reveste-se de grande relevância, pois homenageia uma articulação internacional de entidades e redes presentes em mais de 100 países e em torno de uma questão particularmente desafiadora a humanidade: a proibição de armas nucleares”, disse o secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Moura.

Segundo a CBJP, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sabe-se que a articulação vencedora tem forte presença nos países reconhecidamente detentores de tecnologia e armamentos nucleares, capazes de eliminar a vida humana, alterando o ambiente natural. Atualmente são nove os países que têm (ou podem ter) armas nucleares, mas a Rússia e os Estados Unidos têm mais de 90% das armas.

Para a CBJP, o prêmio Nobel concedido à ICAN “serve como gracioso estímulo e visibilidade às lutas”, das organizações que lutam pelos direitos humanos, num contexto nos veem suas lutas desvalorizadas pelo estado nacionais e pelo brasileiro.

A CBJP tem assento na rede Articulação Antinuclear, organização que se dedica a evitar que o Brasil utilize usinas nucleares. O tema tem ganhado algum destaque na sociedade brasileira, inclusive a própria CNBB já discutiu o assunto em assembleia e reuniões de seu colegiados diretivos: Conselho Episcopal Pastoral e Conselho Permanente. O papa Francisco desde o início de seu pontificado lembra “que deve ser feito todo esforço para dar fim aos testes nucleares e desse modo eliminar seus efeitos devastadores sobre a vida das pessoas”.

Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares

O Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares (NPT), da Organização das Nações Unidas, assinado atualmente por 191 Estados, entre os quais o Brasil, também tem como objetivo o controle da propagação das armas nucleares. O tratado pretende “prevenir a disseminação de armas nucleares e tecnologia de armas, promover a cooperação de usos pacíficos da energia nuclear e promover o objetivo de desarmamento generalizado e completo”.

O Prêmio Nobel da Paz é o único dos seis prêmios outorgado e entregue fora da Suécia. Isso ocorre por desejo expresso de Alfred Nobel, já que, em sua época, a Noruega fazia parte do reino sueco. Segundo deixou escrito em seu testamento, o Nobel da Paz deve reconhecer aqueles que contribuam para “o entendimento entre os povos e a eliminação ou a redução de armamentos, assim como formar ou impulsionar convenções de paz”.

Entre os 217 indivíduos e as 103 organizações indicadas, os favoritos entre os especialistas e as casas de aposta este ano foram o acordo nuclear iraniano, os voluntários sírios de Defesa Civil, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), o papa Francisco, a União para as Liberdades Civis na América (ACLU) e Can Dündar, ex-redator-chefe do jornal turco Cumhuriyet.

Fonte: cnbb.net.br

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