Isabel Cristina é a nova beata da Igreja

isabel cristina1A cerimônia de beatificação da Mártir Isabel Cristina Mrad Campos, realizada no último sábado (10), reuniu mais de 10 mil pessoas no Parque de Exposições de Barbacena (MG), incluindo 22 bispos brasileiros e cerca de cem ônibus que, em caravanas, participaram desse momento de júbilo para a Igreja no Brasil.

A Missa foi presidida pelo Arcebispo Emérito de Aparecida (SP), Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, e concelebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, pelo Arcebispo Emérito de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pelo Bispo Diocesano de Divinópolis e Presidente do Regional Leste 2 da CNBB, Dom José Carlos de Souza Campos, e pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. A celebração contou ainda com a presença de padres, diáconos, seminaristas e religiosos(as), além do Postulador da Causa de Beatificação, Dr. Paolo Vilotta.

isabel cristina2Tendo o rito iniciado após o ato penitencial, os fiéis ouviram de Paolo Vilotta os dados biográficos da jovem mineira, seguida da leitura da Carta Apostólica, feita em latim pelo Cardeal Dom Raymundo e em português pelo Coordenador Geral da Cerimônia de Beatificação, Monsenhor Danival Milagres Coelho, através da qual o Sumo Pontífice inscreveu entre os beatos a Venerável Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos. O documento institui que ela possa ser celebrada liturgicamente em 1º de setembro, data em que sofreu o martírio e nasceu para o céu.

isabel cristina3Ao canto do Aleluia, leigos e religiosos presenciaram o descerramento da imagem da nova Beata e prestigiaram a entrada, em procissão solene, da relíquia de Isabel Cristina, trazida por seu irmão, Paulo Roberto Mrad Campos, acompanhado por sua esposa e filhos. Esse momento também foi marcado pela presença de vinte jovens que traziam consigo rosas vermelhas e brancas, representando a idade com a qual a Serva de Deus sofreu o martírio.

Seguindo os ritos litúrgicos da celebração da Santa Missa, o Cardeal Dom Raymundo Damasceno, em sua homilia, afirmou que nem todos são chamados ao martírio de sangue, mas são convidados a viverem cotidianamente o martírio do amor. “Peçamos a Jesus a graça, por intercessão de Isabel Cristina, de aceitar as angústias e os desafios da vida cotidiana. Não tenhamos medo jamais!”, disse.

Em saudação ao final da celebração, o Arcebispo Metropolitano de Mariana proferiu um agradecimento aos presentes. Ao Arcebispo de Juiz de Fora ele agradeceu o apoio, enfatizando que, com a beatificação de Isabel Cristina, a união entre as duas Igrejas Particulares se fortalece ainda mais. Dom Airton também lembrou do Arcebispo Emérito de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pelo testemunho, fraternidade e por ter abraçado a causa da beatificação durante o seu pastoreio.

isabel cristina4Por fim, ele agradeceu a todos os que contribuíram para a realização da beatificação, especialmente aos familiares da mártir. “Que a intercessão da Beata Isabel Cristina faça surgir na Arquidiocese de Mariana o espírito de serviço, de comunhão e fraternidade e nos faça trabalhar incansavelmente para a sua canonização e para as beatificações do Servo de Deus Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida; de Floripes Dornellas de Jesus, a Lola; do Servo de Deus Monsenhor José Silvério Horta; e do Venerável Dom Antonio José Ferreira Viçoso”, finalizou.

Para o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, a beatificação de Isabel Cristina é uma graça de Deus para toda a Igreja, mas sobretudo para as igrejas de Mariana e de Juiz de Fora. “É uma pessoa que deu testemunho de santidade, não só com a sua vida, mas com o seu martírio. Foi capaz de morrer por causa de Cristo para defender a sua honra espiritual, defender a sua castidade; portanto, é uma pessoa que, colocada por Deus diante da juventude de hoje, diante da sociedade hodierna, fala a respeito do valor da vivência da fé cristã.”

Testemunhos

Durante a cerimônia, pessoas que tiveram o privilégio de conhecer a nova Beata e que também receberam graças por sua intercessão compartilharam suas histórias e sobre como foi participar da celebração.

isabel cristina5Sônia Maria da Conceição Alves é avó de Gabriela Vitória Lopes Alves, que nasceu no dia 19 de junho de 2009, às 18h, no Hospital Otávio Neves, em Belo Horizonte (MG), com meio quilo e trinta centímetros. Ela contou que, graças à Isabel Cristina, a sua neta sobreviveu. “Hoje eu vim dar esse testemunho e agradecer, porque foi um milagre. Para mim, ela já é santa. O médico falou que era aborto e esse aborto cresceu, foi batizada e hoje é uma moça de 13 anos”, relatou.

Pedro Paulo Moreira, que estudou com Isabel Cristina em Juiz de Fora, também fez questão de participar da Missa. “Foram apenas três meses que estudamos juntos, mas foi muito tempo para conhecer a Isabel. Falar dela é falar de amor, era tudo o que tinha nela, um coração muito grande”, lembrou. Pedro viajou 100 km para prestigiar a amiga e agradecer a graça alcançada por sua intercessão. “Eu tive um problema muito sério com o alcoolismo. Em 2009, quando fiquei sabendo do processo de beatificação, pedi ajuda a ela. Após isso, a minha obsessão pelo álcool desapareceu, nunca mais bebi. Ela salvou a minha vida, a vida dos meus filhos, da minha família.”

Dagmar Sofia Cardoso de Medeiros, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, de Barbacena, contou que seus pais tiveram contato com a família de Isabel Cristina. “Como ela morreu como mártir, mostra que nós todos somos convidados a ser santos. Quantos santos estão no meio de nós? Tenho certeza de que esse evento vai trazer uma maior santidade para a nossa cidade, principalmente para os nossos jovens. Estar aqui é estar em um pedacinho de céu.”

Marcela Kamiroski, Virgem Consagrada da Arquidiocese de Juiz de Fora, ressaltou que Isabel Cristina é um exemplo de vida e de santidade. “A gente não está celebrando uma morte, mas a forma como ela viveu, a entrega à evangelização, aos vicentinos. E também pelo duplo martírio que ela sofreu: não só do corpo, mas as difamações em relação a vida dela e à questão da família após o processo de investigação.”

Clique aqui e confira mais fotos da cerimônia de beatificação.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com informações do site da Arquidiocese de Mariana

Em cartinhas de Natal, crianças do Instituto Padre João Emílio pedem uniformes

Cartinhas-de-NatalAs 135 crianças atendidas pelo Instituto Padre João Emílio já escreveram suas cartinhas de Natal, que estão dispostas em uma árvore montada no interior da instituição. Diferente dos anos anteriores, os pedidos indicam um item em comum: uniformes. A iniciativa da diretoria da casa visa a ajudar os pais e responsáveis a adquirirem os trajes escolares.

Os interessados em contribuir com a ação podem ir à sede do Instituto e escolher uma ou mais cartinhas. Dentro do próprio envelope onde estão as mensagens dos pequenos, é possível deixar doações de R$ 50 (para o conjunto de blusa e bermuda) ou R$ 100 (valor de dois conjuntos). As cartinhas também podem ser entregues nas residências, bastando entrar em contato através do (32) 3031-7532.

O apadrinhamento pode ser feito até o dia 20 de dezembro. O Instituto Padre João Emílio fica na Av. Barão do Rio Branco, 3890 – Alto dos Passos.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

CNBB apresenta tradução do Missal Romano à Santa Sé no próximo dia 15

Entrega-Traducao-Missal-02Após 19 anos de trabalho da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), a revisão da tradução brasileira da 3ª Edição Típica do Missal Romano será apresentada à Santa Sé. O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão, dom Edmar Peron, e o assessor, padre Leonardo Pinheiro, levarão o material aprovado na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, em agosto, para o Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. O encontro está marcado para o dia 15 de dezembro. Na oportunidade, também será entregue a tradução do Ritual de Instituição de Catequistas.

Serão levadas para apreciação duas versões impressas dos dois documentos, além das versões digitais. Junto com o missal irá ainda um documento no qual estão as explicações do processo de revisão da tradução da terceira edição típica do Missal Romano. A produção é fruto do trabalho da Comissão para os Textos Litúrgicos (Cetel), da Comissão para a Liturgia e da Edições CNBB.

Terceira Edição do Missal Romano

Antes de chegar à Santa Sé, o material diagramado pela Edições CNBB foi apresentado para o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e o subsecretário-adjunto geral, padre Patriky Samuel Batista. Na segunda-feira, 5 de dezembro, dom Joel pôde conferir como a nova edição do Missal Romano está organizada e outros detalhes da diagramação.

Também antecede o encontro na Cúria Romana uma reunião em Fátima, Portugal, com a Comissão para a para a Liturgia da Conferência Episcopal Portuguesa. Dom Edmar e padre Leonardo, embarcam na próxima quarta-feira, 7 de dezembro.

Características

“Nós podemos perceber que o trabalho não é só de adequação, mas também trazer para o texto inúmeros outros textos que foram sendo enriquecidos ao longo desses últimos anos, para uma versão mais completa”, comentou dom Joel ao verificar as novidades contidas na terceira edição do Missal Romano.

Exemplos disso são as calendas do Natal e o anúncio da Páscoa e das Festas móveis. A edição preparada pela CNBB tem o original do latim e a fórmula tradicionalmente utilizada no Brasil.

Outra característica é que a liturgia de cada dia está em sequência, começando pelo Primeiro domingo do Advento, início do Ano Litúrgico. Assim, o Missal se torna “mais simples e mais prático para o uso nas celebrações, sem que sejam necessárias muitas mudanças de página ao longo da missa”, explicou dom Joel.

Sobre a diagramação, esta contou com a inserção de ilustrações tiradas da obra de Cláudio Pastro encontradas no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. São imagens escolhidas pela Comissão para a Liturgia da CNBB referentes aos tempos litúrgicos e às solenidades, por exemplo.

Próximos passos

Com a apresentação da tradução ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o passo seguinte é aguardar o posicionamento do organismo cúria romana, segundo padre Leonardo Pinheiro. Ele explicou que as aprovações podem ocorrer em dois modos: confirmatio ou recognitio. A primeira refere-se à confirmação da tradução do material a partir do texto original em latim oferecido pela Santa Sé. Já o segundo modo de aprovação é o reconhecimento do que foi inserido pela Conferência, como algumas “riquezas da Igreja no Brasil” que foram colhidas pelo episcopado para compor a nova edição. Tais inserções estão sinalizadas no documento.

Ritual para a Instituição de Catequistas

Também aprovado na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, o Ritual para a Instituição de Catequistas vai ser apresentado para aprovação pela Santa Sé. O material está relacionado à carta apostólica Antiquum Ministerium, do Papa Francisco, por meio da qual foi instituído na Igreja o ministério de catequista.

Em dezembro do ano passado, a então Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou uma edição típica em latim do Rito de Instituição do ministério laical de Catequista. A orientação dada era de que a edição pudesse ser “amplamente adaptada por parte das Conferências Episcopais, as quais tem a tarefa de deixar claro o perfil e o papel dos Catequistas, de oferecer-lhes programas de formação adequados, de formar as comunidades para que entendam o serviço dos catequistas”. Assim foi preparado o material com a coordenação da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB e posterior diagramação pela Edições CNBB.

Fonte: Site da CNBB

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