Pelo twitter, Papa recorda Dia Mundial do Meio Ambiente

Meio-Ambiente“Tudo está inter-relacionado: o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros. #LaudatoSi #WorldEnvironmentDay”, escreveu o Santo Padre em sua conta @Pontifex_pt.

A questão ambiental é uma das preocupações do pontificado de Francisco e ponto-chave de um de seus documentos, a encíclica Laudato sí, sobre o cuidado da Casa Comum, que completou cinco anos em 24 de maio passado.

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) em 1972. A data constitui uma plataforma global para informar, sensibilizar e impulsionar a ação em prol da natureza. Neste ano, a semana do 5 de junho foi marcada, virtualmente, por reflexões sobre o momento atual, destacando a interdependência entre a saúde humana e a saúde do planeta e buscando entendimentos sobre como construir um mundo melhor no pós-pandemia.

*Fonte: Site da Canção Nova

Pascom irradia ações próprias do campo da comunicação para a vida pastoral da Igreja

Pascom-brasilNesta semana, especificamente no dia 7 de junho, é celebrada a liberdade de imprensa, direito dos profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações, um pressuposto para a democracia. A data é celebrada em todo o mundo, principalmente por profissionais da área de comunicação, que em meio à pandemia do coronavírus estão sendo alvos sistemáticos de tentativas de desqualificação.

Nos últimos meses, por exemplo, foi constatado no Brasil uma onda de ataques e intimidações direcionadas aos jornalistas. Os recentes insultos provam, muitas vezes, que há uma limitação à liberdade de expressão.

Marcus Tullius, coordenador nacional da Pastoral da Comunicação, Pascom Brasil, considera os últimos acontecimentos não apenas lamentáveis, mas condenáveis. “Em uma sociedade que se diz democrática, a liberdade de expressão e o direito à liberdade de imprensa garante a saúde da democracia e, a partir do momento que os jornalistas são agredidos verbalmente, fisicamente, a gente percebe então as ruínas que começam ou que se mostram no nosso sistema democrático”, afirma.

Atualmente, a Pastoral da Comunicação ocupa um lugar específico na vida eclesial, que lhe permite irradiar as ações próprias do campo da comunicação para a vida pastoral. É constituída de trabalho voluntário, mas conta também com a ajuda de profissionais da comunicação (jornalistas, publicitários). “Nós nos solidarizamos com todos esses profissionais e, claro, a Igreja como uma voz da verdade, porque é a voz do Evangelho, não pode aceitar que os ataques à liberdade da imprensa prejudiquem a sociedade brasileira, principalmente nesse momento tão difícil que a gente está vivendo”, aponta Marcus.

Na última terça-feira, dia 2 de junho, a Pastoral da Comunicação realizou, de forma on-line, uma reunião ampliada para refletir o momento presente e sua contribuição na Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Esta foi a primeira de uma série de reflexões a partir de diversas perspectivas e contou com a participação de bispos referenciais da comunicação nos regionais, coordenadores regionais e assessores eclesiásticos da Pascom.

Padre Tiago Sibula, assessor da Comissão para a Comunicação da CNBB, disse que o contexto do encontro, diante do momento de pandemia, foi para articular e planejar as próximas ações. “A Pastoral da Comunicação se tornou uma Pastoral de frente, de fronteira, de modo que na pandemia ela passou a ter uma visibilidade muito maior e sendo uma Pastoral do serviço e da unidade, nós pensamos em articular essas reuniões”, explicou.

De modo geral, os participantes se juntaram para apresentar suas perspectivas e olhares sobre a ação da Igreja a partir dos meios de comunicação. “Todos entenderam que a Pastoral da Comunicação é importantíssima nesses novos tempos. Entendemos que não podemos mais voltar atrás nos passos dados e nas novas iniciativas alcançadas, o que é necessário agora é que nós possamos entender, a partir dos campos Pastoral, Litúrgico, Social, Antropológico, como nós podemos contribuir com a Igreja”, disse padre Tiago.

O próximo encontro da Pascom está programado para acontecer no dia 9 de junho. “O primeiro foi extremamente positivo, as reflexões contribuíram muito e certamente vão nos dar elementos robustos para pensarmos os caminhos dessa Pastoral que se tornou estratégica”, finalizou Marcus Tullius, coordenador nacional da Pascom.

*Fonte: Site da CNBB

Santo Padre encoraja à solidariedade na mensagem para o Dia Mundial das Missões 2020

chamada-cm2020-2280x1052 c-scaledNa Solenidade de Pentecostes, no último domingo, dia 31 de maio, o Papa Francisco divulgou sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, celebrado em 18 de outubro de 2020. A mensagem é inspirada na passagem de Isaías “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6, 8).

“A missão, a ‘Igreja em saída’ não é um programa, um intuito concretizável por um esforço de vontade. É Cristo que faz sair a Igreja de si mesma. Na missão de anunciar o Evangelho, moves-te porque o Espírito te impele e conduz”, disse o Santo Padre no texto.

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária na Igreja de todo o Brasil. Colaboram nesta ação a CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA).

Confira a mensagem de Francisco na íntegra:

Queridos irmãos e irmãs!

Desejo manifestar a minha gratidão a Deus pelo empenho com que, em outubro passado, foi vivido o Mês Missionário Extraordinário em toda a Igreja. Estou convencido de que isso contribuiu para estimular a conversão missionária em muitas comunidades pela senda indicada no tema «Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo».

Neste ano, marcado pelas tribulações e desafios causados pela pandemia do covid-19, este caminho missionário de toda a Igreja continua à luz da palavra que encontramos na narração da vocação do profeta Isaías: «Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8). É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?» (Ibid.). Esta chamada provém do coração de Deus, da sua misericórdia, que interpela quer a Igreja quer a humanidade na crise mundial atual.

«À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer” (cf. Mc 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos» (Francisco, Meditação na Praça de São Pedro, 27/III/2020).

Estamos verdadeiramente assustados, desorientados e temerosos. O sofrimento e a morte fazem-nos experimentar a nossa fragilidade humana; mas, ao mesmo tempo, todos nos reconhecemos participantes dum forte desejo de vida e de libertação do mal. Neste contexto, a chamada à missão, o convite a sair de si mesmo por amor de Deus e do próximo aparece como oportunidade de partilha, serviço, intercessão. A missão que Deus confia a cada um faz passar do «eu» medroso e fechado ao «eu» resoluto e renovado pelo dom de si.

No sacrifício da cruz, onde se realiza a missão de Jesus (cf. Jo 19, 28-30), Deus revela que o seu amor é por todos e cada um (cf. Jo 19, 26-27). E pede-nos a nossa disponibilidade pessoal para ser enviados, porque Ele é Amor em perene movimento de missão, sempre em saída de Si mesmo para dar vida. Por amor dos homens, Deus Pai enviou o Filho Jesus (cf. Jo 3, 16). Jesus é o Missionário do Pai: a sua Pessoa e a sua obra são, inteiramente, obediência à vontade do Pai (cf. Jo 4, 34; 6, 38; 8, 12-30; Heb 10, 5-10). Por sua vez, Jesus – crucificado e ressuscitado por nós –, no seu movimento de amor atrai-nos com o seu próprio Espírito, que anima a Igreja, torna-nos discípulos de Cristo e envia-nos em missão ao mundo e às nações.

«A missão, a “Igreja em saída” não é um programa, um intuito concretizável por um esforço de vontade. É Cristo que faz sair a Igreja de si mesma. Na missão de anunciar o Evangelho, moves-te porque o Espírito te impele e conduz» (Francisco, Sem Ele nada podemos fazer, 2019, 16-17). Deus é sempre o primeiro a amar-nos e, com este amor, vem ao nosso encontro e chama-nos. A nossa vocação pessoal provém do facto de sermos filhos e filhas de Deus na Igreja, sua família, irmãos e irmãs naquela caridade que Jesus nos testemunhou. Mas, todos têm uma dignidade humana fundada na vocação divina a ser filhos de Deus, a tornar-se, no sacramento do Batismo e na liberdade da fé, aquilo que são desde sempre no coração de Deus.

Já o fato de ter recebido gratuitamente a vida constitui um convite implícito para entrar na dinâmica do dom de si mesmo: uma semente que, nos batizados, ganhará forma madura como resposta de amor no matrimónio e na virgindade pelo Reino de Deus. A vida humana nasce do amor de Deus, cresce no amor e tende para o amor. Ninguém está excluído do amor de Deus e, no santo sacrifício de seu Filho Jesus na cruz, Deus venceu o pecado e a morte (cf. Rom 8, 31-39). Para Deus, o mal – incluindo o próprio pecado – torna-se um desafio para amar, e amar cada vez mais (cf. Mt 5, 38-48; Lc 23, 33-34). Por isso, no Mistério Pascal, a misericórdia divina cura a ferida primordial da humanidade e derrama-se sobre o universo inteiro. A Igreja, sacramento universal do amor de Deus pelo mundo, prolonga na história a missão de Jesus e envia-nos por toda a parte para que, através do nosso testemunho da fé e do anúncio do Evangelho, Deus continue a manifestar o seu amor e possa tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar.

A missão é resposta, livre e consciente, à chamada de Deus. Mas esta chamada só a podemos sentir, quando vivemos numa relação pessoal de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Perguntemo-nos: estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a ouvir a chamada à missão quer no caminho do matrimónio, quer no da virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado e, em todo o caso, na vida comum de todos os dias? Estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, proclamar o Evangelho da salvação de Jesus Cristo, partilhar a vida divina do Espírito Santo edificando a Igreja? Como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus (cf. Lc 1, 38)? Esta disponibilidade interior é muito importante para se conseguir responder a Deus: Eis-me aqui, Senhor, envia-me (cf. Is 6, 8). E isto respondido não em abstrato, mas no hoje da Igreja e da história.

A compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos. Neste contexto, é-nos dirigida novamente a pergunta de Deus – «quem enviarei?» – e aguarda, de nós, uma resposta generosa e convicta: «Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8). Deus continua a procurar pessoas para enviar ao mundo e às nações, a fim de testemunhar o seu amor, a sua salvação do pecado e da morte, a sua libertação do mal (cf. Mt 9, 35-38; Lc 10, 1-11).

Celebrar o Dia Mundial das Missões significa também reiterar que a oração, a reflexão e a ajuda material das vossas ofertas são oportunidades para participar ativamente na missão de Jesus na sua Igreja. A caridade manifestada nas coletas das celebrações litúrgicas do terceiro domingo de outubro tem por objetivo sustentar o trabalho missionário, realizado em meu nome pelas Obras Missionárias Pontifícias, que acodem às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas de todo o mundo para a salvação de todos.

A Santíssima Virgem Maria, Estrela da Evangelização e Consoladora dos Aflitos, discípula missionária do seu Filho Jesus, continue a amparar-nos e a interceder por nós.

Roma, em São João de Latrão, na Solenidade de Pentecostes, 31 de maio de 2020.

[Franciscus]

*Fonte: Site do Vatican News e das POM

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