Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos

Dia-de-Oração-pelos-Cristãos-PerseguidosA ACN Brasil realiza no dia 6 de agosto, quinta-feira, a sexta edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos, que neste ano será totalmente online por conta da pandemia de Covid-19.

Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos também convida todas as paróquias do país a promoverem e convidar as pessoas a participarem, mesmo online, desta corrente em favor dos cristãos que sofrem perseguição religiosa.

Os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido no mundo. De fato, 80% das pessoas que sofrem perseguições por conta da fé são cristãs; 327 milhões de cristãos vivem em países onde há perseguição religiosa; 178 milhões de cristãos estão em países onde são discriminados por motivos religiosos. Com isso, se conclui que 1 em cada 5 cristãos no mundo vive em países onde há perseguição ou discriminação religiosa.

O impacto do genocídio de cristãos no Oriente Médio

Após um período de genocídio nos últimos anos, a perseguição aos cristãos nos principais países do Oriente Médio, como por exemplo a Síria e o Iraque, diminuiu muito. Apesar disso, o impacto deste genocídio – continuação dos fluxos migratórios, crises de segurança, pobreza extrema e recuperação lenta – indica que pode ser muito tarde para que algumas comunidades cristãs do Oriente Médio se recuperem. De acordo com as fontes consultadas pela ACN, os cristãos no Iraque temem uma retomada do grupo Estado Islâmico. Outros grupos extremistas que continuam na região também espalham o terror.

Os cristãos ameaçados na África

Também na África os cristãos estão ameaçados por extremistas islâmicos que procuram eliminar a Igreja, seja pelo uso da força, ou por meios desonestos, incluindo subornar pessoas para que mudem de religião. A região do Sahel parece ter sido a nova escolha para se estabelecer um califado islâmico. Em países como Burkina Faso, o grupo terrorista Boko Haram usa novas estratégias de terror, cada vez mais cruéis, contra a população.

No sudeste da África, em Moçambique, já três igrejas católicas foram atacadas recentemente por terroristas que se dizem afiliados ao grupo Estado Islâmico. O último ataque foi em junho deste ano. Essa onde de terror já gerou centenas de mortes e mais de 200 mil deslocados.

No mundo, os principais perseguidores dos cristãos continuam sendo o extremismo islâmico, o nacionalismo populista e os regimes autoritários.

Mensagem do Frei Rogério Lima

O Frei Rogério Lima, assistente eclesiástico da ACN Brasil, convida todos a lembrarem dos cristãos perseguidos nas celebrações da Santa Missa, nos momentos de Adoração e também na oração do Terço. Frei Rogério recorda que “esse dia de oração é muito importante para que os cristãos que sofrem perseguição possam sentir que não estão sozinhos, que nós oramos por eles. Como Fundação Pontifícia ACN, sempre fazemos o possível para ajudá-los em suas necessidades mais urgentes. No dia 6 de agosto, além de ajudá-los, vamos rezar por eles com todo o nosso coração! Também nós, da ACN, iremos rezar o Terço, às 18h30 (horário de Brasília) com a transmissão pelo Facebook da ACN Brasil, bem como pelo canal da ACN Brasil no Youtube.”

A oração está no cerne da ACN, que tem como pilares a informação, a oração e a ação. Neste dia, a Fundação Pontifícia convida a todos que orem pelos cristãos perseguidos. Clique aqui para acessar material do Dia de Oração.

Sobre o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos

O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos teve início em 2015 e, desde então, ocorre anualmente em agosto, em referência à noite de 6 de agosto de 2014, quando cerca de 100 mil cristãos tiveram de abandonar suas casas na Planície de Nínive, no Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Eles fugiram a pé, somente com as roupas do corpo, sem água ou comida. Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7 de agosto, a ACN mobilizou os benfeitores. Assim teve início muitas campanhas e projetos para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos e refugiados.

Com este Dia de Oração, uma iniciativa da ACN com o apoio da CNBB, as pessoas passaram a ter mais informações sobre cristãos perseguidos. Também souberam que, em determinadas partes do mundo, uma pessoa pode morrer simplesmente por usar um crucifixo no pescoço.

Clique aqui e assista também ao vídeo do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos no canal da ACN no Youtube.

Fonte: ACN Brasil

Papa Francisco nomeia Padre Valentim como novo bispo da vacante Diocese de Balsas (MA)

Nomeação-Balsas-MAA Nunciatura Apostólica comunicou nesta quarta-feira, 29 de julho, a decisão do Papa Francisco em nomear para a Diocese de Balsas (MA) o Padre Valentim Fagundes de Menezes, atualmente Provincial dos Missionários do Sagrado Coração (MSC) da Província do Rio de Janeiro e Presidente da Conferência Americana dos MSC na América Latina. A diocese estava vacante desde 2 de fevereiro de 2020, após o falecimento de seu quarto bispo, dom Enemésio Angelo Lazzaris.

O sacerdote reside desde 2014 em Juiz de Fora, onde auxilia nos trabalhos da Paróquia São Pio X, do Bairro Ipiranga, que é administrada pelos Missionários do Sagrado Coração. Ao receber a notícia da nomeação, o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, enviou congratulações. “Com alegria, comunico que Padre Valentim, que trabalha conosco na Arquidiocese de Juiz de Fora, na Paróquia São Pio X, sendo Provincial de sua Congregação, foi hoje nomeado pelo Papa Francisco para Bispo de Balsas, no Sul do Maranhão. A ele nossos efusivos parabéns e nossas orações pela sua nova missão”.

Vida Missionária

Padre Valentim nasceu na Freguesia de Algualva, Ilha Terceira, em Açores, Portugal, em 22 julho de 1953. Ingressou no Seminário Sagrado Coração, em Juiz de Fora, em 1974. Estudou Filosofia na Universidade Católica de Campinas, de 1975 a 1977. Seu noviciado foi realizado em Vila Formosa, São Paulo, no ano de 1978. Ele professou seus votos em 2 de fevereiro de 1979. Seus estudos de Teologia foram realizados na Faculdade Nossa Senhora da Assunção de 1979 a 1982. Foi ordenado diácono em 9 de maio de 1982 e presbítero em 2 de julho de 1982.

De 1982 a 1987, foi vigário e pároco da Paróquia Pai Eterno e São José na Cidade de Deus (RJ), Assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil Nacional na área de Inserção da Vida Consagrada nos meios Populares, membro da diretoria da CRB Regional (RJ) e formador do Propedêutico na Inserção. De 1988 a 1990, participou da fundação da Missão de El Salvador-Centro América, foi vigário da Paróquia São Luís de Mariona, formador, capelão do presídio e diretor da Conferência dos Religiosos.

Também exerceu, de 1991 a 1995, as funções de formador da Filosofia no Seminário Padre Júlio Chevalier em Nova Iguaçu (RJ), pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Tinguá (RJ) e professor de Teologia Pastoral no Seminário Paulo VI em Nova Iguaçu (RJ) e no CETESP e CERNE. Atuou ainda como Assessor da CRB nacional na área de missão.

Foi missionário no Sul do Pará, na Diocese de Conceição do Araguaia, de 1996 a 2001, onde também foi membro da equipe formadora do seminário e coordenador da CRB do Sul do Pará. Foi pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Floresta do Araguaia.

Colaborou na fundação da Missão MSC em Quito, de 2002 a 2007, onde também foi formador e superior dos MSC em Equador. Também foi membro da Diretoria Nacional da CER (Conferência dos Religiosos) e professor na Formação inicial da Vida Consagrada (postulantado, noviciado e juniorato). Em 2009, dedicou-se aos estudos no Instituto Superior de Pastoral, da PUC Minas. De 2009 a 2001, foi missionário no Vale do Jequitinhonha (MG), vigário do Senhor Bom Jesus e pároco de Nossa Senhora da Ajuda, em Monte Formoso.

Em 2012, ele retornou ao Rio de Janeiro, onde exerceu, até 2014, as funções de pároco da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração- Praça Seca (RJ), Vice-Provincial e Presidente do Regional Rio de Janeiro da CRB. Em 2014, foi eleito provincial interino. De 2015 até hoje ele atua como Provincial dos Missionários do Sagrado Coração da Província Rio de Janeiro e Presidente da Conferência Americana dos MSC na América Latina.


Saudação da CNBB ao novo bispo de Balsas (MA)

Brasília-DF, 29 de julho de 2020


Prezado Monsenhor Valentim Fagundes de Menezes,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acolhe, com alegria, sua nomeação pelo Papa Francisco como bispo de Balsas (MA), anunciada hoje, 29 de julho. Estamos certos de que sua presença na diocese de Balsas será marcada como a continuidade de sua vocação como missionário em terras brasileiras especialmente, agora, na evangelização do povo nordestino.

Nossa saudação vai acompanhada de uma palavra de inspiração que buscamos na homilia do Papa Francisco proferida na celebração no Dia Mundial das Missões, em 20 de outubro de 2019. “Cada um de nós tem uma missão nesta terra. Estamos aqui para testemunhar, abençoar, consolar, erguer, transmitir a beleza de Jesus. Coragem! Ele espera muito de ti! (…). Queres acalmar a ânsia de Jesus? Vai com amor ao encontro de todos, porque a tua vida é uma missão preciosa: não é um peso a suportar, mas um dom a oferecer. Coragem! Sem medo, vamos ao encontro de todos”.

Tomando como inspiração as palavras proferidas pelo Santo Padre, manifestamos gratidão pelo seu “sim” a esta nova missão confiada pela Igreja e pedimos que o senhor confie nas promessas de Deus. Que Nossa Senhora do Sagrado Coração o proteja e o acompanhe.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB


Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com informações do site da CNBB

Papa Francisco: procuremos o contágio do amor, transmitido de coração a coração

A-capa-do-Livro-Comunhão-e-Esperança.-Testemunhar-a-fé-em-tempo-de-coronavírus-com-prefácio-do-Papa-FranciscoO Papa Francisco escreveu o prefácio do livro “Comunhão e esperança – Testemunhar a fé em tempo de coronavírus”, organizado pelo Cardeal Presidente Emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Walter Kasper, e pelo sacerdote palotino George Augustin. Publicado pela Libreria Editrice Vaticana – Dicastério para a Comunicação, como indica o subtítulo, o trabalho recolhe contribuições sobre como “testemunhar a fé em tempo do coronavírus”.

Confira, a seguir, o prefácio escrito pelo Papa Francisco:

“A crise do coronavírus surpreendeu a todos como uma tempestade repentina, mudando de repente e em todos os lugares do mundo a nossa vida familiar, o nosso trabalho e a vida pública. Muitos lamentam a morte de parentes e amigos próximos. Muitas pessoas se encontram em dificuldades financeiras ou perderam seus empregos. Em vários países, justamente na Páscoa, a principal solenidade do cristianismo, não foi possível celebrar a Eucaristia de maneira comunitária e pública e receber a força e consolo dos sacramentos.

Esta dramática situação tornou evidente toda a vulnerabilidade, inconsistência e necessidade de redenção de nós homens e colocou em questão muitas certezas nas quais confiamos em nossa vida diária para nossos planos e projetos. A pandemia levanta questões fundamentais sobre a felicidade em nossas vidas e o tesouro de nossa fé cristã.

Deus, nosso apoio e nossa meta

Esta crise é um sinal de alarme para refletir sobre onde se apoiam as raízes mais profundas que nos sustentam na tempestade. Nos lembra que esquecemos e ignoramos algumas coisas importantes da vida e nos faz refletir sobre o que é realmente importante e necessário e o que é menos importante ou o seja só na aparência. É um momento de provação e escolha para que possamos dirigir nossas vidas a Deus, que é nosso apoio e nossa meta, de uma maneira renovada. Esta crise nos mostrou que precisamente em situações de emergência dependemos da solidariedade dos outros e nos convida a colocar nossas vidas ao serviço dos outros de uma nova maneira. Ela deve nos fazer agir contra da injustiça global para que possamos despertar e ouvir o grito dos pobres e de nosso planeta tão gravemente doente.

“Contágio” do amor

Em meio à crise do coronavírus, celebramos a Páscoa e ouvimos a mensagem da Páscoa da vitória da vida sobre a morte. Esta mensagem sublinha que, como cristãos, não devemos nos permitir a ficar paralisados pela pandemia. A Páscoa nos dá esperança, confiança e coragem, ela nos fortalece na solidariedade. Nos diz para superar as rivalidades do passado e nos reconhecermos como membros de uma grande família que vai além de todas as fronteiras e na qual cada um carrega o fardo do outro. O perigo de ser infectado por um vírus deve nos ensinar outro tipo de ‘contágio’, o do amor, que é transmitido de coração para coração. Sou grato pelos muitos sinais de prontidão para ajuda espontânea e pelo compromisso heroico dos profissionais da saúde, médicos e sacerdotes. Nessas semanas sentimos a força que vinha da fé.

Jejum eucarístico

A primeira fase da crise do coronavírus, na qual as celebrações públicas da Eucaristia não foram possíveis, representou para muitos cristãos um tempo de doloroso jejum eucarístico. Muitos experimentaram que o Senhor está presente em todos os lugares, onde dois ou três estão reunidos em Seu nome. A transmissão das celebrações eucarísticas pela mídia foi uma solução de emergência pela qual muitos ficaram gratos. Mas a transmissão virtual não pode substituir a presença real do Senhor na celebração eucarística. Portanto, me alegro porque agora podemos voltar à vida litúrgica normal. A presença do Senhor Ressuscitado em sua Palavra e na celebração eucarística nos dará a força necessária para enfrentar os difíceis problemas que nos esperam após a crise.

Meu desejo e minha esperança é que as reflexões teológicas contidas neste livro inspirem reflexão e despertem em muitas pessoas uma nova esperança e uma nova solidariedade. Como com os dois discípulos no caminho de Emaús, também no futuro o Senhor nos acompanhará pelo caminho com sua Palavra e, repartindo o Pão eucarístico, nos dirá: ‘Não tenhais medo! Eu venci a morte'”.

*Fonte: Site do Vatican News

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