Igreja terá 3 novos Beatos e 7 Veneráveis

Papa-durante-a-audiencia-geral-desta-quartaO Papa Francisco recebeu em audiência, no dia 11, terça-feira, o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu.

Durante o encontro, o Pontífice autorizou a promulgação de alguns decretos, reconhecendo o martírio de três novas beatas: as Servas de Deus Maria Colón Gullón Yturriaga e duas companheiras leigas, mortas por ódio à fé em Pola de Somiedo, na Espanha, em 28 de outubro de 1936.

A seguir, Francisco reconheceu as virtudes heroicas de sete novos Veneráveis Servos de Deus.

Trata-se do Servo de Deus Agostino Tolton, sacerdote diocesano, nascido em Brush Creek, nos Estados Unidos, em 1° abril de 1854 e morto, em Chicago (EUA), no dia 9 de julho de 1897.

Do Servo de Deus Enzo Boschetti, sacerdote diocesano, que nasceu em Costa de’ Nobili, na Itália, em 19 de novembro de 1929. Faleceu em Valcamonica, na Itália, em 15 de fevereiro de 1993.

Do Servo de Deus Felice Tantardini, irmão do Pontifício Instituto das Missões Exteriores. Nasceu em Introbio, na Itália, em 28 de junho de 1898, e morreu, em Taunggy, Mianmar, em 23 março de 1991.

Do Servo de Deus Giovanni Nadiani, leigo convertido da Congregação dos Presbíteros do Santíssimo Sacramento. Ele nasceu em Santa Maria Nuova, na Itália, em 20 de fevereiro de 1885 e morreu, em Bergamo, Itália, em 6 de janeiro de 1940.

Da Serva de Deus Rosário da Visitação, no século Maria Beatriz Rosário Arroyo, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santo Rosário. Nasceu em Molo, nas Filipinas, em 17 de fevereiro de 1884 e ali faleceu em 14 de junho de 1957.

Da Serva de Deus Maria Paola Muzzeddu, fundadora da Sociedade das Filhas de Mater Puríssima. Nasceu em Aggius, na Itália, em 26 de fevereiro de 1913 e ali faleceu em 12 de agosto de 1971, e da Serva de Deus Maria Santina Collani, religiosa professa do Instituto das Irmãs Misericordiosas. Nasceu em Isorella, na Itália, em 2 de março de 1914 e morreu em Borgo d’Ale, Itália, em 22 de dezembro de 1956.

*Fonte: Site Vatican News

Nota da CNBB sobre julgamento no STF a respeito da criminalização da homofobia

Nota-oficial-da-Presidencia-CNBBA Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu na quarta-feira, 12 de junho, nota sobre o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal a respeito da criminalização da homofobia. “Em diálogo com os setores da sociedade que buscam fortalecer a punição para os casos de homofobia, a Igreja pede clareza nos processos em curso no Judiciário e Legislativo”, afirma a CNBB.

E acrescenta: “a liberdade religiosa, que pressupõe o respeito aos códigos morais com raízes na fé, deve ser compatibilizada com as decisões judiciais relacionadas à criminalização da homofobia. A doutrina religiosa não semeia violência, mas, ao contrário, partilha um código de condutas que promove a defesa da vida. Informar e orientar os fiéis sobre o matrimônio, aconselhá-los em questões relacionadas à família e à conduta pessoal não pode ser considerado ofensa contra pessoa ou grupo”.

Leia a nota na íntegra:

Nota da CNBB

1) A Igreja Católica, especialmente por sua Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, historicamente, é defensora incondicional da vida, desde a sua concepção até a morte natural. Nesse sentido, é contrária a qualquer ato de violência. Atentados contra a vida merecem a mais severa condenação por parte de toda a sociedade civil e, principalmente, das autoridades devidamente constituídas.

2) Dedicamos a nossa atenção ao julgamento, em curso, no Supremo Tribunal Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 26) e do trâmite no Senado Federal do Projeto de Lei 672/2019 para alterar a Lei 7.716/1989. Nosso posicionamento é alicerçado em princípios ético morais que defendem o respeito a todos, sem distinções.

3) O Magistério da Igreja indica o acolhimento solidário e respeitoso, evitando-se todo sinal de discriminação. Isto não significa se omitir ou negar o que ensina a sua doutrina: o matrimônio é a união entre o homem e a mulher, com a possibilidade de gerar vida. Nesse sentido, em diálogo com os setores da sociedade que buscam fortalecer a punição para os casos de homofobia, a Igreja pede clareza nos processos em curso no Judiciário e Legislativo: a liberdade religiosa, que pressupõe o respeito aos códigos morais com raízes na fé, deve ser compatibilizada com as decisões judiciais relacionadas à criminalização da homofobia. A doutrina religiosa não semeia violência, mas, ao contrário, partilha um código de condutas que promove a defesa da vida. Informar e orientar os fiéis sobre o matrimônio, aconselhá-los em questões relacionadas à família e à conduta pessoal não pode ser considerado ofensa contra pessoa ou grupo.

4) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confia e espera que as autoridades do Judiciário e do Legislativo, cônscios de suas responsabilidades, trabalhem, de modo adequado, dedicando-se, com profundidade, a essa questão que exige também ouvir diferentes perspectivas. Um tema tão delicado e complexo exige ser tratado pelo amplo diálogo e pela reflexão de toda a sociedade. Assim, é possível contribuir para promover a harmonia social em uma sociedade que precisa superar as polarizações. Assegurar cada vez mais a integridade do cidadão, a partir do respeito fraterno que todo ser humano deve cultivar em relação a seu semelhante. Esse compromisso requer irrestrito respeito a princípios morais e religiosos intocáveis.

5) Em espírito de comunhão e serviço, a CNBB quer colaborar para que se encontre o caminho necessário para vencer injustiças e perseguições – a violência contra o ser humano, que inclui também o desrespeito à liberdade religiosa e aos valores do Evangelho de Jesus Cristo, “caminho, verdade e vida”.

Brasília, 12 de junho de 2019.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB


* Fonte: Site da CNBB

Papa Francisco: cultivar vocações não significa procurar novos membros

papa-discursandoPara ajudar um jovem a descobrir sua vocação, é preciso “paciência e capacidade de escuta”, um desejo de “cansar-se”, sabendo que os jovens de hoje “sabem tanto sobre contatos, mas não se comunicam”. Ao acolher na Sala do Consistório os participantes do Congresso dos Centros Nacionais para as Vocações das Igrejas da Europa, o Papa Francisco decidiu entregar o discurso previsto e expressar alguns conceitos improvisando algumas palavras. Em primeiro lugar, recordou que trabalhar “pelas vocações” não significa “procurar novos membros para um clube”: “O crescimento da Igreja – assinalou, recordando as palavras de Bento XVI – é por atração, não por proselitismo”.

Uma vida sempre conectada

Os jovens, continuou, “são diferentes uns dos outros, são diferentes em todos os lugares, mas são os mesmos na inquietação, na sede de grandeza, no desejo de fazer o bem”. E para chegarmos ao coração deles é preciso, antes de mais nada, falar uma língua compreensível, sem esperar que compreendam “o esperanto”.

“Comunicar é talvez o desafio que devemos ter com os jovens. A comunicação, a comunhão. Ensinar-lhes que a informática é algo bom, sim, ter algum contato, mas não é essa a linguagem: é uma linguagem “gasosa”. A verdadeira linguagem é comunicar. Comunicar, falar… E esta é uma obra de filigrana, de fazer “renda” como dizem aqui. É um trabalho a ser feito passo a passo. Quem trabalha com os jovens, portanto, não deve impor, mas sim “acompanhar, guiar e ajudar para que o encontro com o Senhor os faça ver qual é o caminho da vida”.

Paciência e capacidade de rejuvenescimento

O Pontífice reconhece que “trabalhar com os jovens requer muita paciência”, “escuta” e, não menos importante, a capacidade de “rejuvenescer-se: isto é, pôr-se em movimento, mover-se com eles”.

“Hoje os jovens estão em movimento e devemos trabalhar com eles em movimento e tentar ajudá-los a encontrar sua vocação em suas vidas. Isso canasa… É preciso se cansar! Não se pode trabalhar pelas vocações sem se cansar.

Neste caminho articulado de partilha, não menos importante é a atitude de “recolher-se em si mesmo”, para poder dialogar com o Senhor.

“A escolha da vocação deve vir do diálogo com o Senhor, qualquer que seja a vocação. O Senhor inspira-me a avançar na vida desta forma, por este caminho. E isto significa um bom trabalho para vocês: ajudar o diálogo. É claro que, se não dialogarmos com o Senhor, será difícil ensinar os outros a dialogar sobre este ponto.

O Papa entregou aos presentes um texto escrito. Eis a síntese do seu discurso:

Os jovens e a Exortação Apostólica Christus vivit foram tema da audiência que o Papa Francisco concedeu na manhã de quinta-feira (06/06) aos responsáveis pela pastoral vocacional na Europa.

A eles, o Pontífice indicou três palavras para impulsionar o trabalho no chamado “Velho Continente”: santidade, comunhão e vocação. A vida, recordou o Papa, é feita para produzir fruto na caridade e isso diz respeito à chamada de santidade que o Senhor faz a todos.

A pastoral, prosseguiu, se faz “caminhando juntos”, na sinodalidade. E a sinodalidade é fruto da comunhão. Trata-se, portanto, de viver mais a filialidade e a fraternidade. Mas foi à palavra “vocação” que Francisco dedicou a maior parte de seu discurso. Esta palavra, afirmou, não caiu em desuso; pelo contrário, foi retomada com ênfase no último Sínodo.

Vocações apaixonadas

Algumas comunidades escolheram não mais pronunciar a palavra “vocação” em suas propostas juvenis com medo de afastar os jovens. “Esta é uma estratégia falimentar: excluir do vocabulário de fé a palavra ‘vocação’ significa mutilar o léxico, correndo o risco, mais cedo ou tarde, da incompreensão. Ao invés, precisamos de homens e mulheres, leigos e consagrados, apaixonados.”

O Papa reconhece que a palavra “vocação” pode assustar os jovens, porque muitas é confundida com um projeto que tira a liberdade. “Deus, ao invés, encoraja a liberdade de cada um.” Sem liberdade não há crescimento, a vida fica sufocada e acaba por se tornar infantil.

A vocação é “para e com” os outros

Francisco recorda ainda que a vocação nunca é somente “minha”, mas é sempre “para e com os outros”. O Senhor nos chama no interior de uma comunidade e é um bem tê-lo presente porque renova a consciência de que na Igreja nada se faz sozinho. “A pastoral vocacional não pode ser tarefa somente de alguns líderes, mas da comunidade.”

Por fim, o Papa faz um encorajamento:

“ Não tenham medo de aceitar o desafio de anunciar ainda a vocação à vida consagrada e ao ministério ordenado. A Igreja necessita desta vocação! ”

Diante de um contexto em que a vida está fragmentada e, às vezes, ferida, inclusive no interior da Igreja, para Francisco acompanhar e formar a vocação é permitir que Cristo atue de forma artesanal. “Arraigar-se em Cristo é a via mestra para deixar que a sua obra nos recomponha. Então, coragem! Cristo nos quer vivos!”

Fonte: Site Vatican News

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