Padre Victor será beatificado no próximo sábado

victor-600x300Beatificação de Padre Victor acontecerá em Três Pontas, Minas Gerais; Dom Damasceno escreve sobre o beato

Será beatificado no próximo sábado, dia 14 de novembro em Três Pontas (MG), o Beato Padre Victor, sacerdote diocesano que viveu entre 1827 e 1905. O representante do Santo Padre será o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. O Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, escreveu sobre o novo beato brasileiro:

Beato Padre Victor
Francisco de Paula Victor nasceu na cidade da Campanha (MG), no dia 12 de abril de 1827, e foi batizado em 20 de abril do mesmo ano pelo padre Antônio Manoel Teixeira. Era filho da escrava Lourença Maria de Jesus. O Santo bispo Dom Antônio Ferreira Viçoso, bispo de Mariana (MG), na época em que o estado de Minas todos era servido pela Igreja Mãe de Mariana, visitou a cidade da Campanha em 1848. Victor, então alfaiate, procurou Dom Viçoso e disse que tinha o desejo de ser padre. Com isso, ele entrou para o seminário de Mariana, em que foi aceito em 05 de junho de 1849.

Mudou-se para Três Pontas em 14 de junho de 1852, como vigário encomendado e paroquiou na cidade por 53 anos. Era conhecido por sempre visitar doentes, amparar os inválidos e atender a população em suas necessidades. Além disso, fundou a escola “Sagrada Família”.

Victor faleceu no dia 23 de setembro de 1905. A notícia abalou a cidade e toda a região, que já o venerava. Após sua morte, ele ficou insepulto por três dias e o corpo do padre exalava perfume, segundo relatam. Ele foi enterrado na Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Ajuda, que também foi construída por Padre Victor. Desde então, muitas pessoas declaram que o religioso intercedeu para que alcançassem seus pedidos e graças.

O memorial do Padre Victor, em Três Pontas, chega a receber até 10 mil visitas durante os dias de novena do religioso, comemorado, anualmente, em 23 de setembro. No local, é possível encontrar vestes litúrgicas usadas pelo padre, objetos de devoção ou utilizados no oficio de sacerdócio pelo religioso, além de uma imagem de Padre Victor.

A Santa Sé Apostólica marcou a data da festa de beatificação de Padre Victor, em Três Pontas (MG). Segundo o nosso amado irmão, o venerável Bispo da diocese da Campanha (MG), Dom Diamantino Prata de Carvalho, OFM, a beatificação acontecerá no dia 14 de novembro, às 16hs, no Campo de Aviação da cidade de Três Pontas.

A Santa Sé Apostólica reconheceu em julho deste ano um milagre atribuído à intercessão do Venerável sacerdote diocesano. O pedido foi feito pela professora Maria Isabel de Figueiredo, que não podia engravidar. Foram dois anos de tratamentos e muitas desilusões, até que ela pediu ajuda a Padre Victor durante uma novena em 2009. Um ano depois, a professora conseguiu engravidar de uma menina, contrariando todas as previsões médicas.

Nhá Chica e Padre Victor representam, sem sombra de dúvida, um tributo a todos os afrodescentes que vivendo as dificuldades próprias do tempo da escravidão demonstraram com a força invencível da fé que Deus quebra todos os grilhões. Nhá Chica, a leiga forte que evangelizou. Padre Victor, o negro sacerdote, que edificou quebrando o preconceito pela sua cor e pela sua condição. Deus destrona os grandes e eleva os humildes.

Agora a centenária e amada Diocese da Campanha doa à Igreja no Brasil dois santos que falam a linguagem do povo. Para o clero, Padre Victor é a luz maravilhosa que nos chama a humildade, ao desprendimento e ao gastar a sua vida por todos os homens e mulheres de boa vontade. Pobre no meio dos pobres, sempre em favor das periferias existenciais.

Padre Victor fundou escolas, edificou hospitais e santificou pela coerência de vida. Não tinha vergonha de sua cor e edificou porque fez de sua pobreza material a riqueza do seu caráter e da sua santidade. Padre Victor entendeu a mentalidade agrícola e rural de seu tempo. Valorizou os trabalhadores rurais e os proprietários, pregando a harmonia e a justiça social.

Com a celebração, Padre Victor será o segundo beato do Sul de Minas. Em maio de 2013, Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, foi beatificada em Baependi (MG), onde passou a vida. Que o exemplo de vida destes dois santos campanhenses nos ajudem a viver a santidade!

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo Metropolitano de Aparecida, SP.

Da redação, com Rádio Vaticano
Foto: Site Oficial
Fonte: Canção Nova

 

Encíclica sobre meio ambiente foi publicada por 60 editoras

laudato-A Encíclica Laudato si – sobre o cuidado da casa comum, do Papa Francisco, foi publicada por 60 editoras do mundo inteiro. É o que afirma o diretor da Livraria e Editora Vaticana (LEV), Padre Giuseppe Costa.

“Esta é uma nova confirmação do interesse global suscitado pela encíclica que fala ao coração de cada pessoa ao abordar a raiz de temas de importância fundamental na atualidade”, declarou o diretor.

Há poucos dias a LEV anunciou o sucesso obtido durante a 69ª edição da Feira do Livro de Frankfurt, na qual dezenas de novos editores também assinalaram o interesse em publicar textos do Papa Francisco, inclusive antologias.

“Os pedidos aumentaram cerca de 15% durante a Feira do Livro. Sem esquecer os resultados positivos que obtivemos com nosso stand no Encontro das Famílias em Filadélfia”, acrescentou.

Fonte: Canção Nova

 

Morte e Ressurreição

velaA morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas são medidas pelo tempo no decurso do qual nós mudamos e envelhecemos.

No dia em que celebramos os mortos, tudo fala de vida, de modo que podemos afirmar, com toda a certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vencedor da morte.

De algum modo, a ressurreição de Jesus foi sendo preparada na fé e na esperança do povo, em meio ao qual está o autor do livro da Sabedoria. Ele afirma que a luta do justo pela justiça é cheia de imortalidade.

O amor de Jesus para com Lázaro – representante de toda a humanidade que Deus ama sem limites – não é barrado pela morte. Pelo contrário, esse amor o leva a agir: chega ao túmulo, manda tirar a pedra, dá graças ao Pai por ouvi-lo sempre, ordena a Lázaro que saia e manda os presentes desamarrarem o ressuscitado e deixá-lo ir. Em poucas palavras, o Evangelho de São João se torna extremamente dinâmico, fazendo com que o túmulo se abra, o morto saia e caminhe. E a força que movimenta tudo isso se chama amor que não termina com a morte; chama-se também comunhão perfeita com o projeto do Pai, que é vida e liberdade.

O acontecimento da ressurreição de Lázaro compromete todos os que acreditam em Jesus e no Pai que o enviou. Jesus é, sem dúvida, o Pastor que conduz suas ovelhas para fora dos currais, E compromete também os que lhe dão sua adesão. De fato, os presentes têm que desamarrar Lázaro e deixar que ande. É nesse ponto que se pode fazer a passagem de ontem para hoje. Como atualizar o episódio da ressurreição de Lázaro? Em outras palavras, quais são as amarras que os cristãos têm de desfazer para que muitas pessoas comecem a caminhar?

A morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas são medidas pelo tempo no decurso do qual nós mudamos e envelhecemos. E como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte surge como o fim normal da vida. Este aspecto da morte confere uma urgência às nossas vidas: a lembrança da nossa condição de mortais também serve para nos lembrar de que temos um tempo limitado para realizar a nossa vida: «Lembra-te do teu Criador nos dias da mocidade [...], antes que o pó regresse à terra, donde veio, e o espírito volte para Deus que o concedeu» (Ecl 12, 1.7).

Ao morrer: cada homem recebe, na sua alma imortal, a sua retribuição eterna, num juízo particular feito por Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos. «Nós cremos que as almas de todos os que morrem na graça de Cristo [...] constituem o povo de Deus no além da morte, a qual será definitivamente destinada no dia da ressurreição, quando estas almas forem reunidas aos seus corpos».

Cada católico é obrigado a crer na ressurreição de Cristo que é a prefiguração da sua própria Ressurreição. Rezemos, pois, por todos os fiéis defuntos. Este costume bonito, de nossa fé, nos leva a certeza de que a vida não é tirada, mais refeito nosso corpo mortal, nos é dado no céu a coroa imperecível da vida que não se extingue!

 

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora

 

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