Bispos da Amazônia publicam carta aberta ao povo brasileiro

amazonia-Sebastien-Goldberg-on-UnsplashA Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) divulgam nesta quarta-feira, 19 de maio, a carta aprovada pelos bispos da Amazônia que reunidos, de modo on-line, entre os dias 18 e 19 de maio, se dirigirem ao povo brasileiro diante às ameaças a toda casa comum e, especialmente, ao bioma amazônico.

No texto, os bispos afirmam que se sentem “sensibilizados pela situação de vulnerabilidade e ameaças que sofre toda casa comum, agravada pela pandemia da Covid-19, e pelo acirramento das disputas territoriais com expansão das atividades minerais e do agronegócio em terras de populações tradicionais”. Na mensagem, os bispos ressaltam que o cenário político indigenista vivido no Brasil é de “retrocesso” e que a “crise socioambiental, denunciada em 2019 durante o Sínodo, acentuou-se durante a pandemia”.

Os bispos fazem, ainda, um apelo às mais variadas lideranças de cristãos leigos e leigas que “não desaminem da luta” e pedem que a “sensibilidade para com os mais pobres seja permanente”.

Confira a versão na íntegra da carta acessando aqui.

Fonte: Site da CNBB

Rezar para ter um coração luminoso, não cinzento, exorta Papa

mayur-gala-2PODhmrvLik-unsplash“Distrações, aridez e acídia” foi o tema da catequese do Papa Francisco, sobre o tema da oração, na Audiência Geral, desta quarta-feira (19), realizada no Pátio São Dâmaso.

Francisco procurou mostrar algumas dificuldades comuns identificadas e superadas na experiência vivida da oração, ressaltando que “rezar não é fácil” e que “são tantas as dificuldades que surgem na oração”.

Oração e concentração

O primeiro problema que se apresenta para aqueles que rezam é a distração.

Você começa a rezar e a mente gira, gira o mundo inteiro. A oração convive frequentemente com a distração. De fato, a mente humana tem dificuldade de se concentrar por muito tempo num único pensamento. Todos nós experimentamos este turbilhão contínuo de imagens e ilusões em movimento perpétuo, que nos acompanha até durante o sono. E todos sabemos que não é bom dar seguimento a esta inclinação fragmentada. A luta para alcançar e manter a concentração não se limita à oração. Se não se atinge um grau de concentração suficiente, não se pode estudar com proveito, nem se pode trabalhar bem.

“As distrações não são culpáveis, mas devem ser combatidas. No patrimônio da nossa fé há uma virtude que é frequentemente esquecida, mas que está muito presente no Evangelho. Chama-se “vigilância”. Jesus chama frequentemente os discípulos ao dever de uma vida sóbria, guiada pelo pensamento de que mais cedo ou mais tarde ele voltará, como um noivo volta das bodas ou um senhor da viagem. A distração é a imaginação que gira, gira, gira. Santa Teresa chama essa imaginação que gira, gira na oração de “a louca da casa”. É como uma louca que te faz girar, girar. Temos que pará-la e engaiolá-la com atenção”, disse o Papa.

Coração cinzento

O segundo problema é a aridez.

A aridez nos faz pensar na Sexta-feira Santa, na noite e no Sábado Santo. Jesus morreu: estamos sozinhos. Este é um pensamento da aridez. Muitas vezes não sabemos quais são as razões da aridez: pode depender de nós, mas também de Deus, que permite certas situações na vida exterior ou interior. Os mestres espirituais descrevem a experiência da fé como uma alternância contínua de tempos de consolação e tempos de desolação; tempos em que tudo é fácil, enquanto outros são marcados por uma grande dificuldade.

O Papa disse ainda que muitas vezes encontramos um amigo que nos diz: “Estou pra baixo”. “Muitas vezes estamos assim, ou seja, não temos sentimentos, não temos consolação. São aqueles dias cinzentos que existem na vida!”, disse o Pontífice. Segundo Francisco, “o perigo é ter um coração cinzento, quando o estar pra baixo chega ao coração e o adoece”. “Existem pessoas que vivem com o coração cinzento. Isso é terrível! Não se reza mais, não se sente o consolo com o coração cinzento. O coração deve ser aberto e luminoso para que entre a luz do Senhor. E se ela não entrar”, disse o Papa, “é preciso aguardá-la com esperança”.

Perseverar em tempos difíceis

O terceiro problema que se apresenta para quem reza é a acídia, “uma verdadeira tentação contra a oração e, mais geralmente, contra a vida cristã. A acídia é «uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à negligência do coração». É um dos sete “pecados capitais” pois, alimentado pela presunção, pode levar à morte da alma”.

“O que devemos fazer, então, nesta sucessão de entusiasmos e desencorajamentos?”, perguntou o Papa. “Devemos aprender a caminhar sempre”, respondeu ele.

O verdadeiro progresso na vida espiritual não consiste em multiplicar os êxtases, mas em ser capaz de perseverar em tempos difíceis. Caminhar, caminhar e se você se cansar, pare um pouco, mas volte a caminhar, com perseverança. Todos santos passaram por este “vale escuro”, e não nos escandalizemos se, lendo os seus diários, ouvirmos o relato de noites de oração sem vontade, vivida sem gosto.

Zangar-se com Deus é uma forma de rezar

Segundo o Papa, protestar diante de Deus é uma forma de rezar, “zangar-se com Deus é uma forma de rezar também”. Francisco convidou a não “nos esquecer a oração do porque, que é a oração das crianças quando começam a não entender as coisas. A idade dos porquês “. “Mas a criança não escuta a resposta do pai. O pai responde e vem logo outro porque. A criança quer chamar a atenção do pai. Quando nos zangamos com Deus e continuamos a dizer porque, estamos atraindo o coração do nosso Pai para a nossa miséria, para as nossas dificuldades, para a nossa vida. Zangar-se com Deus faz bem, pois faz despertar a relação de filho com o Pai, de filha com o Pai, que nós devemos ter de ter com Deus”, concluiu.

Fonte: Site Vatican News

Semana de Oração pela Unidade Cristã tem início

cartaz souc 2021 siteA Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) é um dos maiores eventos que propõem o diálogo entre as Igrejas Cristãs. Realizada todos os anos pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), em parceria com as igrejas membro, o momento é uma oportunidade de aprofundar os laços entre as Igrejas e outras instituições e pessoas que acreditam e se empenham na construção da cultura do encontro, da acolhida, do diálogo e da fraternidade.

Aqui no Brasil, e no hemisfério sul, ela acontece entre as Solenidades da Ascenção do Senhor e Pentecostes. Nesse ano será realizada de 16 a 23 de maio, com o tema: “Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos” (cf. João 15,5-9). Todas as Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade são convidadas a participar.

O subsecretário-adjunto de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da entidade, padre Marcus Barbosa Guimarães recorda que que o Concílio Ecumênico Vaticano II declarou “estar consciente de que este santo propósito de reconciliar todos os cristãos na unidade de uma só e única Igreja de Cristo ultrapassa as forças e os dotes humanos” (UR 24).

“Rezando pela unidade, reconhecemos que ela é um dom do Espírito Santo e não algo que possamos alcançar somente pelos nossos próprios esforços”, disse.

Ano após ano comunidades cristãs das mais diferentes tradições têm aderido às celebrações propostas pela SOUC, o que reflete uma compreensão cada vez maior da mensagem de Cristo, que disse: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)

Live “A Formação para o Ecumenismo e o Diálogo Católico-Pentecostal”

No contexto da Semana de Oração pela Unidade Cristã será realizada uma live na sexta-feira, dia 21 maio, às 17h, com o tema “A Formação para o Ecumenismo e o Diálogo Católico-Pentecostal”. O facilitador será o padre Marcial Maçaneiro. Ele é professor da PUC/PR e membro da Comissão Internacional de Diálogo Católico-Pentecostal.

O subsecretário-adjunto de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, padre Marcus Barbosa, mediará a conversa. Os documentos “O Bispo e a Unidade dos Cristãos – Vademecum Ecumênico” e o documento da Comissão Internacional de Diálogo Católico-Pentecostal “Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19) – Os Carismas na Vida e na Missão da Igreja” serão aprofundados no encontro virtual que será transmitido pelas redes sociais do Conic.

Oração oficial

Amado e misericordioso Deus pai e mãe,
Tu nos chamas para vivermos a unidade e a reconciliação.
Por isso estamos reunidas (os) para celebrar, orar, e Te louvar.

Nesta semana de oração, queremos ser tocadas (os) por Teu Amor e ao permanecer Nele, nos reconciliamos conosco e com nossas irmãs e irmãos.

Em Cristo, Teu Amado Filho, desejamos produzir bons frutos para vivermos em comunhão, restabelecendo relações de amizade, partilha e solidariedade e, assim, nos reconhecermos como irmãs e irmãos neste mundo tão dividido.

Subsídios para celebrar a SOUC

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), do qual a Igreja Católica é membro pela representação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou os subsídios da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC), edição 2021.

Em 2021, diferentemente dos anos anteriores, esses materiais ficarão disponíveis de modo gratuito, e todos podem baixar livremente, compartilhá-los, imprimi-los, etc. Baixe gratuitamente o material:

Clique aqui e baixe o cartaz em alta resolução.

Clique aqui e baixe o Caderno de Celebração.

Clique aqui e baixe os subsídios para as e Rodas de Conversa.

Fonte: Site da CNBB

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