Papa reconhece martírio de Isabel Cristina Campos, assassinada em Juiz de Fora em 1982

Serva-de-Deus-Isabel-CristinaNessa terça-feira, 27 de outubro, o Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece o martírio da Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos, morta por ódio à fé em Juiz de Fora no dia 1º de setembro de 1982.

Por conta da notícia, o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, enviou mensagem aos padres pedindo que sejam colocadas, em todas as missas desta quarta-feira (28), ações de graças por mais este passo no Processo de Beatificação e Canonização da jovem.

“O martírio veio ratificar as atitudes mais profundas de Isabel, que levaram às últimas consequências seu anseio de amar e respeitar a Deus, evitando ofendê-lo. Sua coerência e coragem há, sem dúvida, de levar muitos jovens a imitá-la na santidade, vencendo as tentações ao mal e a atração de prazeres vazios e descobrindo os verdadeiros valores que dão sentido e alegria à vida”, escreveu o agora Servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida, então Arcebispo de Mariana, à Folha de São Paulo em 10 de fevereiro de 2001, 15 dias depois de instalado o processo canônico.

Isabel Cristina*

A Serva de Deus Isabel Cristina nasceu em Barbacena, aos 29 de junho de 1962. No início de 1982, transferiu-se para Juiz de Fora, a fim de iniciar os estudos preparatórios para o vestibular de Medicina. Ela queria ser médica pediatra, com a vocação para atender, especialmente, as crianças carentes.

No dia 1º de setembro de 1982, foi violentamente assassinada, depois de lutar valentemente para defender sua pureza e virgindade. Agredida com uma cadeira na cabeça, amordaçada, atada com uma corda e uma cinta, resistiu enquanto pôde, morrendo virgem, pura e casta. Foi ferida por 15 facadas desferidas por seu agressor.

Por iniciativa do Servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida, então arcebispo da Arquidiocese de Mariana, observadas as normas vigentes do Código de Direito Canônico, foi constituído o Tribunal Eclesiástico para o Estudo da Causa da Serva de Deus, instalado em 26 de janeiro de 2001, no Santuário da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena.

Após oito anos de estudos e pesquisas, no dia 26 de agosto de 2009, foi procedida a exumação do cadáver e feita a trasladação dos restos mortais da Serva de Deus, do cemitério da Paróquia de Santo Antônio para o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, onde repousam, sob a veneração dos fiéis. No dia 1º de setembro de 2009, o arcebispo emérito de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, encerrou o processo a nível Arquidiocesano.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com informações do site da Arquidiocese de Mariana

Homoafetividade: fala do Papa é sobre dignidade e não muda doutrina sobre a família

fala-papa-francisco-homossexuais-oxcgqgq9hi5etl7bc0gg3hcieevgwyxerajn6hrm2gApós a repercussão da fala do Papa Francisco em um documentário sobre o direito de homossexuais a estarem em uma família e de terem uma proteção legal, o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, respondeu ao portal G1 a respeito do tema.

Perguntado se havia algum posicionamento da Conferência a respeito do tema, dom Ricardo explicou que, dentro da CNBB, “não houve nenhum tipo de avaliação em relação à fala do Papa Francisco para o documentário”. Mas ofereceu luzes para entender a fala do pontífice e a visão da Igreja sobre o tema.

“Percebo que o Papa Francisco mais uma vez demonstra sua serenidade, voltando-se também às questões reais da vida cotidiana. Ele tem uma sensibilidade pastoral tão aguçada que nos impressiona com seu nível de humanidade”, observou.

Ressaltando que era uma fala para um documentário, não um pronunciamento oficial ou que se insere em seu magistério, dom Ricardo salientou a forma com que Francisco aborda o tema, também em sintonia com os apelos contra a “globalização da indiferença”. “O Papa fala com o coração aberto sobre os reais sofrimentos das pessoas de condição homoafetiva. Em uma sociedade que exclui com preconceitos e violência, é uma fala sobre dignidade e, acima de tudo de respeito que devemos ter para com todas as pessoas”, afirmou.

“No caso das pessoas em condição homoafetiva, muitas delas são abandonadas pelas suas famílias, discriminadas pela sociedade, e à margem dos direitos de ter uma cidadania respeitada. A realidade da discriminação também pode levar à violência e à exclusão social. Portanto, diante desses perigos, o Papa entende que uma lei deve buscar garantir a seguridade que toda pessoa merece por ser cidadão de direitos”, apontou.

Doutrina sobre a família

O comentário do Papa, dentro do contexto do documentário, no entanto, não muda em nada do ponto de vista doutrinal ou dogmático sobre a família, segundo dom Ricardo, que destacou o parágrafo 292 da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris laetitia – sobre a alegria do amor na família para salientar a continuidade da Igreja que caminha “em pleno acordo com a Tradição da Igreja sobre a sacralidade do Matrimônio e sua dignidade no plano de Deus”.

“O matrimônio cristão, reflexo da união entre Cristo e a Igreja, realiza-se plenamente na união entre um homem e uma mulher, que se doam reciprocamente com um amor exclusivo e livre fidelidade, se pertencem até a morte e abrem à transmissão da vida, consagrados pelo sacramento que lhes confere a graça para se constituírem como Igreja doméstica e serem fermento de vida nova para a sociedade" (Amoris laetitia, n. 292).

Outro bispo que também situou a fala do Papa Francisco em acordo com o Magistério e a Doutrina sobre a dignidade da pessoa humana e sobre a família foi dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS). Em vídeo postado no canal da Arquidiocese no YouTube ele resgata a fala do Papa e explica que a mesma “se insere perfeitamente dentro daquilo que a Igreja manifesta, por exemplo, no Catecismo”.

Fonte: Site da CNBB

Eleições 2020: CNBB adere como instituição embaixadora à campanha de combate às “fake news” do TSE

FakeLupa-ox9alonr4ljgohfnpyx6ubgafuiy7bcv6pz2vhw8s8A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) será embaixadora da campanha #EuVotoSemFakecampanha”, lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 29 de setembro deste ano. O objetivo da iniciativa é que os candidatos sejam eleitos de maneira legítima e ética, por meio de informações verdadeiras, divulgadas em seu contexto, livres de distorções.

Segundo Thiago Rondon, coordenador digital de Combate à Desinformação do TSE, o principal objetivo da campanha é passar informações precisas sobre o processo eleitoral, como os cuidados sanitários para a realização do voto no dia das eleições, o funcionamento do fluxo de votação e as orientações para os eleitores em relação à apresentação de documentos, entre outras. “Tendo acesso à informação verdadeira, a população fica mais tranquila para votar e mais preparada para combater as chamadas fake news”, destaca.

Neste sentido, a CNBB soma-se ao esforço da mobilização e coalizão de checagem de fatos sobre o processo eleitoral da sociedade brasileira para combater a disseminação de “falsas notícias”, “fakenews”, no contexto das disputas travadas aos cargos públicos no executivo e legislativos municipais no mês de novembro.

Exercício de cidadania

Pouco mais de 147,9 milhões de eleitores estarão aptos a comparecer às urnas nos próximos dia 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro para escolher 5.568 prefeitos, 5.568 vice-prefeitos e 57.942 vereadores em todo o Brasil, segundo informações da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Tribunal também estima que 750 mil candidatos disputarão as vagas de prefeito e vereador — não há eleições municipais no Distrito Federal.

Para o TSE, as eleições municipais deste ano têm dois desafios pandêmicos a serem enfrentados: a Covid-19 e a disseminação de fake news, ambos fenômenos mundiais de consequências avassaladoras. Nesse contexto, o órgão da justiça eleitoral, tem dois desafios proteger os eleitores brasileiros do contágio enquanto exercem cidadania, bem como combater a disseminação de notícias falsas.

O movimento vai buscar atuar para que esses dois fatores não interfiram no voto de milhares de eleitores, que podem se abster da votação ou ter a opinião comprometida pela desinformação. Apoiam a iniciativa importantes instituições, personalidades e autoridades, entre elas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso.

Ações da campanha

A campanha, que é completamente apartidária, vai estimular a divulgação de informações oficiais, verídicas e checadas, em contraposição às fake news, bem como promover eleições seguras por meio de mensagens sobre medidas sanitárias necessárias para aliar cidadania e prevenção contra a Covid-19.

A CNBB, sendo uma instituição embaixadora do movimento, publicará mensagens sobre a campanha em suas redes sociais e também buscará mobilizar sua rede de comunicadores tanto para contribuir como a denúncia de notícias faltas e também no processo de esclarecimento sobre o tema.

Além disso, a CNBB produzirá conteúdos autorais importantes que ajudem os cristãos a compreender como é feito atualmente, no setor judiciário brasileiro, especialmente no TSE, o combate às fake news e à desinformação. E também como os cristãos podem se somar ao esforço de fortalecer a democracia brasileira.

Fonte: Site da CNBB

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