Vítimas do terrorismo e do ódio são recordadas pelo Papa

Vitimas-de-crimes-de-odioNo final da Audiência Geral desta quarta-feira (04), o Papa Francisco fez um apelo no qual recordou os episódios de violência perpetrados recentemente na Europa, que causaram mortos e feridos.

Nestes dias de oração pelos mortos, temos lembrado e ainda lembramos as vítimas indefesas do terrorismo, cuja escalada de crueldade está se difundindo na Europa. Penso, em particular, no grave ataque a um local de culto em Nice dias atrás e no ataque ontem nas ruas de Viena, que provocaram consternação e desaprovação da população e daqueles que se preocupam com a paz e o diálogo. Confio à misericórdia de Deus as pessoas que morreram tragicamente e expresso minha proximidade espiritual aos seus familiares e a todos aqueles que sofrem por causa desses acontecimentos deploráveis, que buscam prejudicar a colaboração fraterna entre as religiões através da violência e do ódio.

O Papa reza pelas vítimas

Na quinta-feira passada, 29 de outubro, o Papa Francisco manifestou seu pesar pela tragédia de Nice, situada no sul da França, através de uma mensagem assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, enviada ao bispo de Nice, dom André Marceau. Três pessoas morreram no ataque perpetrado na Basílica de Notre-Dame de Nice. Uma das vítimas foi a brasileira Simone Barreto Silva de 44 anos, original de Salvador (BA), que morava na França há 30 anos. Ela deixou três filhos.

Segundo a mensagem divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa condena “de maneira enérgica tais atos violentos de terror” e “reza pelas vítimas e seus entes queridos, para que cesse a violência, para que as pessoas voltem a se olhar como irmãos e não como inimigos, e para que o amado povo francês possa reagir unido ao mal com o bem.”

Francisco: “Chega de violência!”

No telegrama enviado ao arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schönborn, o Papa Francisco expressa sua “dor pelas vítimas e sua proximidade às famílias que perderam seus entes queridos”, no atentado perpetrado em Viena, na Áustria, na noite da última segunda-feira (02/11).

“Expresso dor e consternação pelo ataque terrorista em #Viena e rezo pelas vítimas e seus familiares. Chega de violência! Construamos juntos paz e fraternidade. Só o amor apaga o ódio”, escreveu o Papa Francisco num tuíte, nesta terça-feira, referindo-se ao ataque terrorista.

Fonte: Site Vatican News

Arcebispo do Rio inaugura dois memoriais em homenagem às vítimas da Covid-19

nauguracao-do-Memorial-do-reencontro“Celebramos na intenção de todos os falecidos porque cremos na vida eterna. O Senhor que morreu na cruz por nós, ressuscitou, está vivo, Ele que é o caminho, a verdade e a vida. Buscamos a Jerusalém celeste que começa aqui e agora com a presença de Deus, mas que se plenifica na eternidade. Nosso fim último é Deus, o cemitério é apenas um lugar onde repousam nossos corpos à espera da ressurreição no final dos tempos”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, ao presidir a missa campal em comemoração aos fiéis defuntos, na manhã de 2 de novembro, no Cemitério São Francisco da Penitência, no bairro do Caju.

Aos fiéis presentes e aos distantes, que acompanhavam a celebração pelas mídias digitais, o arcebispo convidou a entregar os falecidos a Deus, que inclusive partiram num momento difícil em função das restrições da pandemia:

“Estamos unidos a todas as famílias que perderam seus entes queridos nos últimos meses, desde o começo da pandemia do coronavírus. Sabemos do sofrimento que cada uma passou e da dor que ainda permanece. Além de serem impedidas de ficarem próximas de seus familiares no período de internação, também foi tirada a oportunidade de realizar um velório digno, como de costume, de ter um tempo para as despedidas. Nesta celebração, que se reveste de fé e esperança, convidamos a todos para fazer a experiência da consolação que vem de Deus e entregar em suas mãos os familiares falecidos.”

Dom Orani rezou pelas vítimas da Covid-19 e por todos os profissionais da saúde: os que deram a vida na missão e aqueles que continuam na linha de frente, nos hospitais, cuidando dos pacientes. De forma especial, rezou para iluminar os cientistas e pesquisadores que buscam a cura para a Covid-19, que já provocou 160 mil mortes e infectou mais de 5,5 milhões de pessoas no Brasil.

A Chama da Esperança

O arcebispo também acendeu uma pira, denominada de Chama da Esperança, que foi dedicada a pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, com sede no Rio de Janeiro, na pessoa da presidente, Nísia Trindade Lima, presente à celebração.

“A pandemia foi uma oportunidade de pensar no sentido de nossa vida, a buscar respostas de sua razão. Mesmo diante do sofrimento e da morte, a resposta é Jesus Cristo, que dá sentido a nossa vida e a nossa eternidade. Neste momento diferente que estamos passando, na qual a sociedade vive a expectativa de encontrar uma solução para o fim da pandemia, somos convidados a confiar no Senhor e a rezar pelo futuro da humanidade através dos pesquisadores. Que o trabalho de pesquisa seja abençoado com a luz de Deus e que, na prudência e no conhecimento, de acordo com a ciência, eles possam encontrar caminhos para uma vacina”, disse o arcebispo.

A fraternidade exortada pelo Papa

Ao recordar a Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, lançada no dia 4 de outubro deste ano, dom Orani destacou que a pandemia também está sendo uma oportunidade de aprendizado para viver a fraternidade, a comunhão, a ajuda mútua. Ele disse que, além de um prato de comida, deve haver presença e proximidade, caminhar com o outro de mãos dadas:

“Somos filhos de Deus enquanto batizados, cristãos. Ao mesmo tempo, todos nós fomos criados por Deus e, portanto, somos todos irmãos. Muitas pessoas desejam o mal, vivem ainda como se fossem inimigas umas das outras. Nos últimos acontecimentos mundiais, vimos com tristeza, cristãos na França serem assassinados e, no Chile, igrejas sendo incendiadas. Precisamos aprender a olhar o outro como alguém que merece o nosso respeito, a nossa fraternidade, mesmo que ele professe outra fé ou que tenha uma opinião política ou ideológica diferente. Somos irmãos, pertencemos à mesma humanidade, vivemos no mesmo planeta, na mesma Casa Comum.”

Plante uma árvore no Dia de Finados

Após a missa, no Jardim in Memoriam, dom Orani plantou uma muda de jequitibá-açu (Cariniana ianerensis), árvore-símbolo do Rio de Janeiro, uma espécie que está em extinção e representa a perpetuidade, a evolução da vida, um convite à preservação do meio ambiente e uma resposta contra as queimadas nas florestas do país.

A iniciativa do plantio, que tem como slogan, “É tempo de cuidar da saudade e da Casa Comum”, foi sugerida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Cáritas, e está sendo realizada desde o começo da pandemia da Covid-19, com o objetivo de estimular diversas iniciativas de cuidado com o próximo no aspecto solidário.

Inauguração do DNA Humano

Em seguida, o arcebispo inaugurou o DNA Humano, o primeiro columbário-jardim ao ar livre do Rio e o segundo do Brasil. Segundo a arquiteta Crisa Santos, criadora da obra, o espaço é um convite à reflexão e à conexão com as pessoas que partiram. O monumento tem 30 metros de extensão e está instalado numa área verde de mil metros quadrados. Formado por 157 estruturas tubulares de três a seis metros de altura, desembocam num espelho d’água, de onde sai um banco de concreto. A arquiteta se inspirou na sequência de Fibonacci, o mais talentoso matemático ocidental da Idade Média para desenvolver o projeto.

A oração na Quadra dos Padres

No Cemitério São Francisco Xavier, que também fica no Caju, dom Orani visitou a Quadra dos Padres que pertence à Venerável Irmandade de São Pedro dos Clérigos. Junto com o clero e os fiéis que estavam em oração, o arcebispo fez memória a todos os sacerdotes sepultados:

“Recordamos e rezamos pelo descanso eterno de nossos irmãos sacerdotes, presentes nesta cidade do Rio de Janeiro desde a sua fundação, há mais de 450 anos. Eles deram as suas vidas pela evangelização e missão e ajudaram a consolidar a Igreja e esta grande cidade. São tantos, pelo tempo e pela história, e muitos deles nós conhecemos os nomes, sabemos quem foram. Cremos na vida que não termina no cemitério, na morte, e por isso pedimos por todos eles, que o Deus da paz conceda a cada um a luz eterna.”

Memorial às vítimas da Covid-19

Ainda na parte da manhã, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na região oeste do Rio de Janeiro, dom Orani inaugurou um memorial pelas vítimas da Covid-19. Na cerimônia, que contou com um enorme balão vermelho em formato de coração, foram jogadas pétalas de rosas sobre os túmulos.

Antes da bênção, a administradora local, Fabiane Bezerra, explicou que o memorial, denominado de Reencontro, é um espaço para celebrar as vidas que foram interrompidas pela Covid-19. Uma homenagem do cemitério para os familiares que não puderam se despedir de seus entes queridos, devido às restrições de segurança e distanciamento impostas pela pandemia:

“É um monumento em forma circular porque ele representa o abraço e o encontro que não pôde ser realizado. Em cada coluna colocamos uma palavra – como fé, esperança, saudade, memória, entre outras – que significa o amor dos familiares. O lago, no centro do memorial, também em forma circular, representa o ciclo da vida e reflete o céu que é para onde acreditamos que nossos entes queridos foram. No fundo do lago, encontram-se gravadas as palavras ‘A lembrança é uma forma de encontro’, do poeta Khalil Gibran, convidando a um eterno encontro.”

Ainda segundo Fabiane, a obra é da designer Priscila Bodin e foi produzida pelo estúdio Mancha Gráfica. “É um memorial ecumênico, de celebração da vida e de aconchego de todas as pessoas que perderam seus entes queridos”, completou a administradora.

Oração e homenagem aos indigentes

No começo da tarde, dom Orani esteve no Cemitério Santa Cruz, no bairro de mesmo nome, também na zona oeste da cidade. O arcebispo rezou por todos os defuntos indigentes, concluindo com a oferta de flores em uma das centenas de covas rasas, no chão seco, diferenciada apenas com um número pintado de cor preta numa pequena cruz de cimento:

“Nos cemitérios, há sempre um espaço para os indigentes, e o maior deles, fica em Santa Cruz. São pessoas que, provavelmente tiveram suas vidas marcadas pela pobreza e pelo sofrimento, e acabaram morrendo nesta grande cidade, sem que alguém conhecesse o nome, a história. Nem mesmo os familiares, se tiveram, ficam sabendo onde estão sepultados, e por isso nem são velados. Fica apenas um número, mas Deus conhece cada um pelo nome. O ato de rezar e ofertar flores, simbolicamente, em uma das covas, é uma maneira de manifestar a proximidade e o carinho da Igreja.”

Fonte: Site Vatican News

Em novembro, as audiências gerais na Biblioteca do Palácio Apostólico

na-bibliotecaDo pátio de São Dâmaso, no Vaticano, à Biblioteca do Papa: as audiências gerais regressam à distância e sem a participação dos fiéis. Todas as quartas-feiras, portanto, como informa a Sala de Imprensa vaticana, a partir de 4 de novembro próximo, Francisco fará a sua catequese a partir da Biblioteca do Palácio Apostólico. A decisão foi tomada – lê-se no comunicado – “após a sinalização de um caso positivo a COVID-19 durante a audiência geral de quarta-feira, 21 de outubro, e a fim de evitar qualquer possível risco futuro para a saúde dos participantes”.

No último dia 2 de setembro, a alegria do Papa em encontrar novamente os fiéis, após 189 dias, em conformidade com as normas de segurança, no espaço do pátio de São Damaso, foi expressa nas poucas palavras pronunciadas antes de iniciar a catequese: “Depois de tantos meses retomamos o nosso encontro face a face e não tela a tela. Face a face. Isto é bonito”! Era desde o dia 26 de fevereiro último que Francisco, adaptando-se às medidas de saúde anti-contágio, falava a todos os fiéis a partir do espaço fechado da Biblioteca do Palácio Apostólico para onde regressará, portanto, a partir da primeira quarta-feira de novembro.

Fonte: Site Vatican News

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