CNBB esclarece questões relativas à fé que circulam nas redes sociais a respeito da Covid-19

sstopic-e1585830600341-1200x762 cDesde o início da pandemia no Brasil, inúmeros momentos de oração, reflexão e pregação têm tomado conta das redes sociais. Muitos deles sem fundamento algum na Doutrina Católica, que é constituída pelo conjunto de dogmas, verdades de fé, ensinamentos, preceitos e leis que formam o magistério da Igreja Católica Apostólica Romana.

O professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fernando Altemeyer Júnior, escreveu recentemente sobre amuletos e proteção. “Deus não escolhe uns e mata outros de forma sádica ou como algo inevitável da roda cíclica da morte”, disse.

Em um trecho do texto, o professor destaca que “essa maneira de ver a religião como amuleto da sorte, ou posse de objetos sagrados que me salvassem do mal que todos estamos submetidos é tremendamente defeituosa e caricata. Falsifica Deus e o faz ser um agente do mal”.

Ainda segundo o texto, o teólogo afirma que a oração não é vacina nem é antídoto. “Se fosse assim a dezena de padres mortos em Bolonha estaria viva! Fé é a força da esperança de quem crê e confia sem resultados aparentes. Pessoas de fé também morrem e às vezes mais que os incrédulos. Fé não salva uns e mata outros, protegendo uns e discriminando outros. Se fosse assim estaríamos dizendo que Deus detesta Itália e ama o Brasil”.

O professor Altemeyer destaca no texto que “Deus nos ama por igual, todos e cada um, crente ou ateu, mesmo se não rezássemos nem um pai-nosso. Deus que é Pai perdoa antes que abramos a nossa boca. Atenção para esse tipo de religião mágica de barganha e privilégios”.

Em uma rápida busca pela internet é possível ver que as pessoas têm escrito e compartilhado “explicações” sobre os desígnios de Deus a respeito da pandemia do coronavírus. Diante disso, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Pedro Carlos Cipollini, que destacou que esta visão de que Deus castiga e pune não está de acordo com a revelação que Jesus nos fez do Pai que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta de vida.

Confira a entrevista completa no link.

Fonte: Site da CNBB

Francisco: o puro de coração vive na presença do Senhor

Audiência-Geral-01-04“A pureza do coração”. Esta sexta bem-aventurança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (1º), realizada na Biblioteca Apostólica Vaticana, devido à pandemia da Covid-19.

“Procurem minha face! É tua face que eu procuro, Senhor. Não me escondas a tua face.” Com esta passagem do Salmo 27, Francisco sublinhou que “esta linguagem manifesta a sede de uma relação pessoal com Deus, expressa também no Livro de Jó como sinal de uma relação sincera: ‘Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, os meus olhos te veem’.”

“Como alcançar essa intimidade?”, perguntou Franciso. “Podemos pensar nos discípulos de Emaús, que têm o Senhor Jesus ao seu lado, mas seus olhos não o reconheciam. O Senhor abrirá os seus olhos no final de uma caminhada que terá o seu ápice na partilha do pão, mas tinha iniciado com uma repreensão: ‘Tolos e lentos de coração para acreditar em tudo o que os profetas falaram’. Esta é a origem de sua cegueira: o seu coração tolo e lento.”

Libertar o coração de seus enganos

“Aqui se encontra a sabedoria dessa bem-aventurança: para poder contemplar é necessário entrar em nós e abrir espaço para Deus, pois, como diz Santo Agostinho, ‘Deus é mais íntimo para mim do que eu mesmo’. Para ver Deus, não há necessidade de trocar de óculos ou ponto de vista, é preciso libertar o coração de seus enganos!”

“Este é um amadurecimento decisivo: quando percebemos que o nosso pior inimigo está escondido em nosso coração. A batalha mais nobre é aquela contra os enganos interiores que geram os nossos pecados”, sublinhou o Papa.

Conservar no coração o que é digno da relação com Deus

Para Francisco, é importante entender o que significa ‘pureza do coração’. “Para fazer isso, é preciso lembrar que, na Bíblia, o coração não consiste apenas em sentimentos, mas é o lugar mais íntimo do ser humano, o espaço interior onde a pessoa é ela mesma.”

“Mas o que significa coração “puro”?, perguntou o Pontífice. “O puro de coração vive na presença do Senhor, conservando em seu coração o que é digno da relação com Ele; somente assim é possível ter uma vida íntima ‘unificada’, linear, não tortuosa, mas simples.”

Libertação e renúncia

Segundo o Papa, “o coração purificado é o resultado de um processo que envolve libertação e renúncia. O puro de coração não nasce como tal, viveu uma simplificação interior, aprendendo a renegar o mal em si mesmo, que na Bíblia é chamado de circuncisão do coração”.

Francisco sublinha que “essa purificação interior implica o reconhecimento daquela parte do coração que está sob a influência do mal, a fim de aprender a arte de deixar-se sempre instruir e ser conduzido pelo Espírito Santo. Através dessa caminhada do coração, chegamos a ver Deus”.

Ouvir a sede do bem que vive em nós

Nesta visão beatífica, há uma dimensão futura, escatológica, como em todas as bem-aventuranças: é a alegria do Reino dos Céus para onde caminhamos. Mas existe também outra dimensão: ver Deus significa entender os desígnios da Providência no que nos acontece, reconhecer sua presença nos Sacramentos, nos irmãos, sobretudo pobres e sofredores, e reconhecê-lo onde Ele se manifesta.

“Essa bem-aventurança é um pouco o fruto das precedentes: se ouvimos a sede do bem que vive em nós e estamos conscientes de viver em misericórdia, tem início uma caminhada de libertação que dura a vida inteira e nos conduz ao céu”, disse ainda o Papa. “É um trabalho sério e acima de tudo é uma obra de Deus em nós, nas provações e purificações da vida, que leva a uma grande alegria, a uma paz verdadeira e profunda”, concluiu Francisco.

*Fonte: Site do Vatican News

Pascom promove semana de lives com convidados que refletirão sobre comunicação

Semana-de-livesDando sequência a uma série de iniciativas para levar o conhecimento a quem está em casa procurando alternativas de se informar e de se manter atualizado, principalmente nesta época de pandemia, a Pastoral da Comunicação Nacional promove, desde essa segunda-feira (30) e até o dia 4 de abril, uma semana de lives com convidados que refletirão sobre temas importantes com agentes da Pastoral, principalmente aqueles que estão começando sua caminhada agora. As transmissões acontecerão a partir das 14h, no instagram oficial da Pascom Brasil.

Marcus Tulius, coordenador nacional da Pascom, afirmou que a iniciativa foi pensada com base nas restrições e orientações para isolamento social, diante da pandemia do coronavírus. Ele enfatizou que neste período muitas paróquias e comunidades tiveram que pensar em novas formas para se aproximar dos fiéis e de seus paroquianos e, por isso, a Pascom se desdobrou para conseguir atender essas demandas.

Ele conta que, neste período, muitas paróquias e comunidades que não tinham a Pastoral da Comunicação estão começando a pensar o processo de caminhada e isso fez com que a Pascom Brasil recebesse uma série de demandas e dúvidas nos últimos dias. “Nós estamos atendendo essas demandas que chegam por redes sociais, por e-mail, produzindo textos para o nosso portal, mas também pensando em oferecer lives, uma vez que as pessoas estão em suas casas e poderão assistir, acompanhar essas formações”, argumenta.

Segundo Marcus, foi a partir daí que a Pascom Brasil resolveu propor uma semana de lives para reforçar a importância da formação com os agentes que já atuam na Pascom e nas mais diversas instâncias. “É também uma oportunidade de oferecer formação para quem está chegando agora e que ainda não tem nenhuma formação sobre comunicação na Igreja, então nós pegamos temas que são considerados importantes, principalmente para quem está chegando, e vamos oferecer a formação durante esta semana, de segunda a sábado”, explicou o coordenador.

Nessa segunda (30), a formação foi dada pelo Doutor em Ciências da Comunicação, Moisés Sbardelotto. Ele falou sobre o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Nesta terça-feira (31), foi a vez da irmã Joana Puntel falar sobre os Documentos da Igreja sobre Comunicação. Na quarta (1º), a irmã Helena Corazza irá tratar sobre a Espiritualidade do Comunicador e, na quinta (2), é a vez de Patrícia Luz falar sobre a Pascom e seu processo de implementação e comunicação interna. Na sexta-feira (3) o Padre Arnaldo Rodrigues dará a formação sobre os desafios atuais da Comunicação e, no sábado (4), Antônio Kayser falará sobre transmissões online.

*Fonte: Site da CNBB

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