Em Israel, líderes religiosos rezam juntos pelo fim da pandemia

Em-Israel-líderes-religiosos-rezam-juntos-pelo-fim-da-pandemia“Centenas de milhares de mortos, milhões de doentes. Salva-nos, te imploramos, ó Senhor”. Essa foi a excepcional oração comunitária realizada na tarde de quarta-feira (22) em Israel, reunindo líderes das três religiões monoteístas. Segundo relatado pelo Media Center Kath Suíça, participaram da oração representantes judeus, cristãos, muçulmanos e drusos, tendo sido o evento transmitido em streaming, para permitir a participação dos fiéis.

“Que Deus cure os enfermos e esconjure a peste do mundo”, pediram os representantes religiosos, que depois recitaram juntos o Salmo 121, com o qual os peregrinos de Jerusalém se colocam sob a proteção de Deus e pedem sua bênção. Em Israel, este Salmo também é rezado no dia em que se recorda dos soldados israelenses vítimas do terrorismo, a ser celebrado na terça-feira, 28 de abril.

Dom Pizzaballa: que esta unidade continue

“O coronavírus não conhece fronteiras entre religiões, raças ou partidos políticos – disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, – estamos unidos na doença, e isso destruiu muitas barreiras e preconceitos entre nós”. O prelado expressou então a esperança de que esta unidade possa continuar também após o fim da crise do coronavírus.

Rabino: oração “histórica”

Uma reunião de oração definida como “histórica” ​​pelo rabino britânico David Rosen, comprometido com o diálogo inter-religioso: “Os líderes religiosos deste país se reuniram pela primeira vez para rezar juntos, para invocar a graça divina e a compaixão do Senhor no momento em que toda a humanidade é desafiada por uma pandemia”, disse ele, afirmando ser um momento “maravilhoso e triste” ao mesmo tempo. “Mesmo aqueles que normalmente não são tão abertos ao diálogo inter-religioso se reuniram para a oração, mesmo que tenham sido tragédias, dores e sofrimentos a nos unir, para além das diferenças”.

A oração inter-religiosa ao vivo foi uma iniciativa de várias autoridades e organizações, incluindo o Grão-Rabinato de Israel e o Conselho Mundial de Líderes Religiosos. Além dos rabinos-chefes sefarditas e asquenazes, Jitzchak Josef e David Lau, também participaram o patriarca greco-ortodoxo Theophilus III e o arcebispo Pizzaballa, administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, além de altos representantes muçulmanos.

Para conferir o vídeo sobre o encontro, clique aqui.

Pelas redes sociais, milhões de fiéis acompanharam as Celebrações da Semana Santa em Jerusalém

No último mês, foram mais de 2 milhões de pessoas alcançadas pela página da Custódia da Terra Santa no Facebook, cerca de 300 mil os conteúdos visualizados no Instagram e 200 mil aqueles publicados no Twitter. Conforme a Custódia, esses são os números registrados em função da pandemia de Covid-19, que obrigou milhões de fiéis a acompanharem as celebrações litúrgicas, momentos de oração e ritos tradicionais pelos meios de comunicação e pelas redes sociais.

Pelo site e perfis nas redes sociais, a Custódia franciscana narrou a Quaresma e a Semana Santa a partir dos lugares históricos da tradição cristã. Centenas de mensagens foram enviadas à página do Facebook da Custódia da Terra Santa provenientes da Itália, Estados Unidos, França, Croácia, Hungria, Espanha, México, Vietnã, Coréia, China, Polônia e muitos outros países. Muitos pediram orações aos franciscanos. Entre as intenções confiadas aos frades da Custódia, diversas situações de vida pessoal e familiar e também pedidos de apoio a pacientes com coronavírus.

O Christian Media Center transmitiu ao vivo a oração especial do administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, direto do Santuário de Dominus Flevit, no Domingo de Ramos, assim como a Vigília de Páscoa no Sábado Santo e a Missa de Domingo de Páscoa no Santo Sepulcro. Mas também a Hora Santa na Quinta-Feira Santa do Getsêmani, a Via Sacra e a Celebração da Paixão na Sexta-Feira Santa no Santo Sepulcro, presididas pelo Custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton.

Dos Lugares Sagrados, os frades franciscanos da Custódia da Terra Santa sempre se dedicaram à oração por toda a humanidade em nome da Igreja. Nesse particular momento, depois, o Rosário que é recitado todos os sábados durante a procissão à luz de tochas na Basílica da Anunciação em Nazaré será oferecido pelas intenções de quem escreve à Custódia e aos frades.

O momento de oração pode ser acompanhado todos os sábados, às 20h30 (horário local), no site do Christian Media Center.

Fonte: Site do Vatican News

“A misericórdia não abandona quem fica para trás”, alerta Papa Francisco sobre o vírus da indiferença

Papa-Domingo-da-MisericórdiaO Papa Francisco deixou o Vaticano na manhã nesse dia 19 de abril para percorrer poucos metros até a Igreja do Espírito Santo ‘in Sassia’, ao lado da Cúria Geral dos Jesuítas, para celebrar a missa do II Domingo de Páscoa. E o fez no mesmo lugar onde, 20 anos antes, São João Paulo II instituiu o Domingo da Misericórdia, ao canonizar a polonesa Ir. Faustina Kowalska.

Como nos ritos da Semana Santa, não havia fiéis. Na homilia, o Pontífice comentou o Evangelho de João e a semana que os discípulos transcorreram depois da ressurreição do Mestre – uma semana marcada pela “incredulidade medrosa”. “Diante deste sentimento, Jesus volta para o meio deles para anunciar que Deus não se cansa de estender a Sua mão para nos levantar. E esta ‘mão’ é precisamente a misericórdia. Deus não é um patrão com o qual ajustar as contas, mas o Pai que sempre nos levanta”, disse o Santo Padre.

“Hoje, nesta igreja que se tornou santuário da misericórdia em Roma, no domingo que São João Paulo II dedicou à Misericórdia Divina há vinte anos, acolhamos confiadamente esta mensagem”, falou ainda.

Papa alerta para o vírus da indiferença


Entregar as nossas misérias ao Senhor

“À Santa Faustina, disse Jesus: «Eu sou o amor e a misericórdia em pessoa; não há miséria que possa superar a minha misericórdia» (Diário, 14/IX/1937). Uma frase que surpreendeu a santa foi quando Cristo pediu que ela oferecesse aquilo que é verdadeiramente seu – também nosso -, a sua miséria.”

Também nós podemos nos interrogar se mostramos as nossas quedas ao Senhor ou se há um pecado, remorso, ferida ou rancor que guardamos para nós. “O Senhor espera que Lhe levemos as nossas misérias, para nos fazer descobrir a sua misericórdia.”

Em meio aos discípulos, Jesus mostra as suas chagas e pede que Tomé as toquem descobrindo o amor. “Tomé, que chegara atrasado, quando abraça a misericórdia, ultrapassa os outros discípulos: não acredita só na ressurreição, mas também no amor sem limites de Deus. E faz a profissão de fé mais simples e mais bela: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).”

Eis a ressurreição do discípulo, explica Francisco, que se realiza quando a sua humanidade, frágil e ferida, entra na humanidade de Jesus. É a mesma fragilidade que estamos experimentando neste momento de reclusão.

Nesta festa da Divina Misericórdia, o anúncio mais encantador chega através do discípulo mais atrasado. Só faltava ele, Tomé. Mas o Senhor esperou por ele. “A misericórdia não abandona quem fica para trás.”

O vírus da indiferença egoísta

Enquanto pensamos numa recuperação da pandemia, alertou o Pontífice, é precisamente este perigo que se insinua: esquecer quem ficou para trás. “O risco é que nos atinja um vírus ainda pior: o da indiferença egoísta. Transmite-se a partir da ideia que a vida melhora se vai melhor para mim, que tudo correrá bem se correr bem para mim.”

O vírus se alastra quando se selecionam as pessoas, se descartam os pobres, se imola “no altar do progresso quem fica para trás”. “É tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira!”, exortou.

Distribuir os bens não é ideologia, é cristianismo

A comunidade cristã primitiva colocou em prática a misericórdia, como descreve o livro dos Atos dos Apóstolos: os fiéis «possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um» (At 2, 44-45). “Isto não é ideologia”, recordou Francisco. “É cristianismo.”

Naquela comunidade, depois da ressurreição de Jesus, apenas um tinha ficado para trás. Hoje, parece acontecer o contrário: uma pequena parte da humanidade avançou, enquanto a maioria ficou para trás. E o Papa insistiu: “Não pensemos só nos nossos interesses. Aproveitemos esta prova como uma oportunidade para preparar o amanhã de todos. Sem descartar ninguém: de todos. Porque, sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém.”

Façamos como o apóstolo Tomé, concluiu o Papa: “acolhamos a misericórdia, que é a salvação do mundo. E usemos de misericórdia para com os mais frágeis: só assim reconstruiremos um mundo novo.”

Fonte: Site do Vatican News

Presidência da CNBB publica a nota em defesa da vida

Presidência-da-CNBB-publica-a-nota-em-defesa-da-vidaA presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, escreveu uma nota com o título “Em defesa da vida: É tempo de cuidar”. O documento, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca todos a defenderem a vida, contra o aborto, e se dirige publicamente, como o faz em carta pessoal, aos ministros do Supremo Tribunal Federal, para que eles defendam o dom inviolável da vida.

A nota é uma resposta ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter agendado para o próximo dia 24 de abril o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5581) que versa sobre a liberação do aborto em caso de Zika vírus. O julgamento tinha sido adiado em maio do ano passado após pressão de diversos movimentos pró-vida. A votação está prevista para acontecer de forma virtual.


EM DEFESA DA VIDA: É TEMPO DE CUIDAR

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca a todos pelo empenho em defesa da vida, contra o aborto, e se dirige, publicamente, como o faz em carta pessoal, aos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal para dizer, compartilhar e ponderar argumentações, e considerar, seriamente, pelo dom inviolável da vida, o quanto segue:

1. “É tempo de cuidar”, a vida é dom e compromisso! A fé cristã nos compromete, de modo inarredável, na defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a fecundação até seu fim natural. Este compromisso de fé é também um compromisso cidadão, em respeito à Carta Magna que rege o Estado e a Sociedade Brasileira, como no seu Art 5º, quando reza sobre a inviolabilidade do direito à vida.

2. Preocupa-nos e nos causa perplexidades, no grave momento de luta sanitária pela vida, neste tempo de pandemia do COVID-19, desafiados a cuidar e amparar muitos pobres e empobrecidos pelo agravamento da crise econômico-financeira, saber que o Supremo Tribunal Federal pauta para este dia 24 de abril 2020, em sessão virtual, o tratamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 5581, ajuizada pela Associação Nacional dos Defensores Públicos – ANADEP, requerendo a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos da Lei 13.301/2016 e a interpretação conforme a Constituição de outros dispositivos do mesmo diploma legal.

3. Há de se examinar juridicamente a legitimidade ativa desta Associação de Defensores Públicos, como bem destacado nas manifestações realizadas nos autos pela Presidência da República, Presidência do Congresso Nacional, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral da República, pois nos parece, também, que a referida Associação não é legitimada para propor a presente ADI, tendo bem presente que a Lei 13.985/2020 trouxe suporte e apoio para as famílias que foram afetadas pelo Zika vírus, instituindo uma pensão vitalícia às crianças com Síndrome Congênita como consequência.

4. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reitera sua imutável e comprometida posição em defesa da vida humana com toda a sua integralidade, inviolabilidade e dignidade, desde a sua fecundação até a morte natural comprometida com a verdade moral intocável de que o direito à vida é incondicional, deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto”. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto.

5. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil insta destacar que o combatido artigo 18 da referida Lei 13.301/2016, cuja ADI pretendia a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos, foi completamente revogado pela MP 894 de 2019, convertida em Lei em 2020 (L. 13.985/2020). Desta forma, parece-nos ainda que o objeto da ação foi superado, não servindo a ação para declarar a inconstitucionalidade de outra lei que não a inicialmente combatida.

6. A CNBB requer, portanto, que, acaso seja superada a preliminar de ilegitimidade ativa suscitada por todas as autoridades públicas que se manifestaram, e não seja extinta a ADI pela perda do objeto, no mérito não sejam acolhidos quaisquer dos pedidos formulados para autorizar, de qualquer forma, o aborto de crianças cujas mães sejam diagnosticadas com o Zika vírus durante a gestação.

7. Reafirmamos, fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, nosso repúdio ao aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida humana. (S. João Paulo II, Carta Encíclica Evangelium Vitae, 58)

Esperamos e contamos que a Suprema Corte, pautada no respeito à inviolabilidade da vida, no horizonte da fidelidade moral e profissional jurídica, finalize esta inquietante pauta, fazendo valer a vida como dom e compromisso, na negação e criminalização do aborto, contribuindo ainda mais decisivamente nesta reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça, do respeito incondicional à dignidade humana e na reorganização da vivência na Casa Comum, segundos os princípios e parâmetros da solidariedade.


Cordialmente,


Brasília, 19 de abril de 2020
Domingo da Misericórdia

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Presidente

Dom Jaime Spengler
1º Vice-presidente

Dom Mário Antônio da Silva
2º Vice-presidente

Dom Joel Portella Amado
Secretário-geral


Fonte: Site da CNBB

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