Seminaristas reúnem-se presencialmente em Retiro Nacional

Renasem-2022-siteO Retiro Nacional para Seminaristas (Renasem), promovido pelo Ministério para Seminaristas da Renovação Carismática Católica (RCC) do Brasil, foi realizado na última semana, durante os dias 10 a 14 de janeiro. Este evento, que aconteceu presencialmente pela primeira vez após dois anos, devido à pandemia, teve por objetivo reunir seminaristas de todo país, sendo aberto também para diáconos, padres e bispos. Esta edição teve como tema norteador: “Infundirei meu espírito em vós para que revivais” (Ez 37,14).

O Renasem deste ano foi realizado no estado do Mato Grosso do Sul, na sua capital Campo Grande, e foi um momento repleto da graça de Deus. Contou com a participação de mais de 130 seminaristas de todo o Brasil, além de padres e bispos. O Diácono Transitório Rafael Coelho do Nascimento, da Arquidiocese de Juiz de Fora, esteve presente.

Foram dias de oração, fraternidade e festa, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo, além de vivenciar profundamente os direcionamentos da Igreja e as moções do Movimento Eclesial, contribuindo, assim, para o enriquecimento da vida espiritual daqueles que almejam a vida sacerdotal. Conforme proposto pela equipe nacional do Ministério, e pelo fato de ainda estar-se cruzando por um momento pandêmico, foi seguido durante o retiro também as orientações e determinações das autoridades civis e sanitárias locais e estaduais, para segurança contra a Covid-19.

A próxima edição do Retiro acontecerá de 9 a 13 de janeiro de 2023, na Diocese de Foz do Iguaçu (PR).

*Fonte: site da CNBB
*Por: Irmão Luís Fernando Zanatta, da Assessoria de Comunicação Nacional do Ministério para Seminaristas

Papa: a paz é “contagiosa” e se constrói com diálogo e fraternidade

OracaoPandemia, migração e mudanças climáticas: para o Papa Francisco, são estes os principais desafios que a humanidade deve enfrentar hoje.

Ao receber os embaixadores acreditados junto à Santa Sé, o Pontífice pronunciou um dos discursos mais tradicionais do ano, em que analisa a conjuntura internacional.

Diante de diplomatas representando mais de 180 países, Francisco recordou que o objetivo da diplomacia é “ajudar a deixar de lado os dissabores da convivência humana, favorecer a concórdia e experimentar como, superando as areias movediças da conflitualidade, podemos redescobrir o sentido da unidade profunda da realidade”.

Vacinas: solução mais razoável

Hoje, esta unidade profunda é colocada à dura prova pela pandemia, que fez vítimas inclusive entre o corpo diplomático, como o “saudoso Arcebispo Aldo Giordano, Núncio Apostólico”.

O Papa pediu que prossiga o esforço para imunizar o máximo possível a população mundial, não obstante a desigualdade no acesso às vacinas. Estas, afirmou, não são “instrumentos mágicos de cura”, mas “a solução mais razoável para a prevenção do coronavírus” e é preciso deixar de lado as “fake news” e o embate ideológico:

“Todos temos a responsabilidade de cuidar de nós próprios e da nossa saúde, o que se traduz também no respeito pela saúde de quem vive ao nosso lado. O cuidado da saúde constitui uma obrigação moral.”

Vencer a indiferença

Apesar das restrições, em 2021 foram retomadas as audiências a chefes de Estado no Vaticano, bem como as viagens apostólicas internacionais. O Pontífice mencionou o encontro de reflexão e oração pelo Líbano, e as visitas a Iraque, Budapeste, Eslováquia, Chipre e Grécia.

Ao recordar a etapa na ilha de Lesbos, falou do drama da migração e da necessidade de vencer a indiferença.

“Diante destes rostos, não podemos permanecer indiferentes, nem se pode entrincheirar atrás de muros e arame farpado a pretexto de defender a segurança ou um estilo de vida.”

Não se trata apenas de um problema da Europa, mas diz respeito também à África e Ásia, como demonstra o êxodo de refugiados sírios, afegãos e os inúmeros latino-americanos, sobretudo haitianos.

Direito à vida e à liberdade religiosa

Contudo, diante de desafios globais, as soluções tendem a ser cada vez mais fragmentadas, constatou Francisco, apontando para uma crise de confiança das instituições. “Pelo contrário, é preciso recuperar o sentido da nossa identidade comum de uma única família humana.”

Mais uma vez, alertou para os perigos da colonização ideológica e do pensamento único e reafirmou a existência de valores permanentes, como o direito à vida “desde a concepção até ao fim natural”, e o direito à liberdade religiosa.

O cuidado da nossa Casa Comum constitui o terceiro desafio planetário. Diante de uma contínua e indiscriminada exploração dos recursos, é preciso encontrar soluções comuns e colocá-las em prática. “Ninguém pode eximir-se deste esforço, pois interessa e envolve igualmente a todos.”

Para Francisco, a timidez demonstrada na COP26 deve ser superada na COP27, prevista para novembro próximo no Egito.

Conflitos intermináveis

Mas além das crises globais, há aquelas regionais, que se tornaram “conflitos intermináveis, que por vezes assumem a fisionomia de verdadeiras e próprias guerras por procuração (proxy wars)”. São elas: Síria, Iêmen, Terra Santa, Líbia, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia, Cáucaso e Myanmar.

No caso da América, a análise do Pontífice foi sagaz:

“As desigualdades profundas, as injustiças e a corrupção endêmica, assim como as várias formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, continuam a alimentar conflitos sociais também no continente americano, onde as polarizações cada vez mais fortes não ajudam a resolver os problemas reais e urgentes dos cidadãos, sobretudo dos mais pobres e vulneráveis.”

Todos os conflitos são favorecidos pela abundância de armas à disposição. Citando Paulo VI, recordou que quem possui armas acaba mais cedo ou mais tarde por usá-las, porque, “não se pode amar com armas ofensivas nas mãos”.

Dentre as armas que a humanidade produziu, causam particular preocupação as armas nucleares, disse o Papa, reiterando a posição contrária da Santa Sé: “A sua posse é imoral”.

Jamais abdicar da responsabilidade de educar

Convencido de que “diálogo e fraternidade são os dois focos essenciais para superar as crises do momento presente”, o Santo Padre concluiu repropondo dois elementos da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2022: educação e trabalho. E manifestou sua dor diante dos abusos cometidos em centros educativos, como paróquias e escolas e a necessidade de justiça.

“Não obstante a gravidade de tais atos, nenhuma sociedade pode jamais abdicar da responsabilidade de educar.”

Ao se despedir dos embaixadores, Francisco citou o profeta Jeremias, que lembra que Deus tem para nós “desígnios de prosperidade e não de calamidade”.

“Por isso, não devemos ter medo de abrir espaço para a paz na nossa vida, cultivando o diálogo e a fraternidade entre nós. A paz é um bem ‘contagioso’, que se propaga a partir do coração de quantos a desejam e aspiram a vivê-la abraçando o mundo inteiro.”

* A Santa Sé mantém relações diplomáticas com 183 países. A estes se acrescentam a União Europeia e a Soberana Militar Ordem de Malta.

Fonte: Site Vatican News

“Solidariedade em Rede” acolhe doações para amparar os desabrigados pelas chuvas na Região Metropolitana de BH

Solidariedade-em-rede-1As comunidades de fé da Arquidiocese de Belo Horizonte, com a articulação do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental (Veaspam) da CNBB Leste 2, estão unidas para ajudar as vítimas e os desabrigados pelas chuvas na Região Metropolitana da capital mineira, por meio da Solidariedade em Rede, que reúne paróquias da Arquidiocese.

A Solidariedade em Rede está mobilizado para ajudar os nossos irmãos a superar este momento tão difícil, onde muitos deixam suas casas e seus pertences. A situação se agravou muito nas últimas 24 horas. São centenas de famílias atingidas. Diversos pontos de acolhimento dos desalojados e desabrigados estão funcionando na Arquidiocese de Belo Horizonte, assim como pontos para recebimento de donativos. Uma grande rede se formou para acolher o trabalho de voluntários dispostos a ajudar. As doações em valores podem ser feitas por meio de duas contas bancárias.

“Um grande mutirão pela vida se formou no horizonte bonito da nossa iniciativa: Solidariedade em Rede. Muitas famílias estão desabrigadas, especialmente em Brumadinho, no Vale do Rio Paraopeba, em Santa Luzia e Raposos. Agora mesmo, evangelizadores levam o amparo aos desabrigados dessas regiões”, explica o arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, nos lembrando o quanto a generosidade é necessária: “Pessoas que perderam as suas casas, o pouco que possuem, e agora precisam da nossa ajuda, dos nossos gestos concretos que conferem autenticidade à nossa fé”.

Neste momento a situação é críticas em diversas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Betim, Brumadinho, Ibirité, Nova Lima (Honório Bicalho), Raposos, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia. Todas recebem acolhimento da Solidariedade em Rede. Mais de 400 pessoas estão desabrigadas em Brumadinho e região. No Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora do Rosário, 75 pessoas foram acolhidas. O abastecimento de água está comprometido.

O Solidariedade em Rede, da Arquidiocese de BH, recebe recursos para os desabrigados por meio de duas contas bancárias. Dom Walmor reforça o pedido: “Peço a cada pessoa, venha conosco ajudar as vítimas das chuvas, que perderam suas casas, roupas, alimentos, sendo acolhidas provisoriamente em diferentes lugares. Solidariedade exercida em rede, um convite permanente, na tarefa de efetivarmos, sempre mais a amizade social, conforme nos pede o Papa Francisco. Cuidemos uns dos outros, todos irmãos, corresponsáveis pela defesa da vida, agora, urgentemente, dedicando especial atenção às vítimas das chuvas.”

O Solidariedade em Rede também acolhe voluntários para ajudar nas seguintes ações: evacuação, acolhimento, atendimento psicológico, cozinha e alimentação e comunicação.

Onde doar:

Transferências ou PIX

Providens Ação Arquidiocesana Social
Banco Santander – Ag. 3476
Conta corrente- 13077880-2

CNPJ: 17.272.998/0001-86

Vicariato para Ação Social
Banco do Brasil – Ag. 3494-0
Conta corrente – 26227-7
CNPJ: 17.505.249/0280-80

Fonte: Site do Regional Leste 2

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