Rumo à COP26, evento une fé e ciência na questão da mudança climática
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- Sexta, 18 Junho 2021 09:31
“Fé e Ciência: rumo à COP26”. Esse será o tema do encontro promovido pelo Vaticano e pelas embaixadas do Reino Unido e da Itália junto à Santa Sé. Nesta quinta-feira, 17, uma coletiva de imprensa no Vaticano apresentou o evento.
O encontro está previsto para o próximo dia 4 de outubro no Vaticano e em Roma, com a participação de líderes religiosos e cientistas. Juntos, discutirão o tema da mudança climática e a necessidade de um compromisso global pelo cuidado da criação. A reunião antecederá a COP 26, conferência da ONU sobre o clima que será de 1 a 12 de novembro em Glasgow, Escócia.
“Temos a obrigação moral de proteger o planeta e os mais afetados pela crise climática, em particular os povos indígenas, pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos. Mas estamos ficando sem tempo”, destacou a embaixadora da Grã-Bretanha junto à Santa Sé, Sally Jane Axworthy, na coletiva.
Sally lembrou que as temperaturas globais já aumentaram em mais de um grau e caminham para aumentar mais de dois graus. Isso significaria, por exemplo, que 37% da população mundial seria exposta a fortes ondas de calor pelo menos uma vez a cada cinco anos. Na agricultura, o arroz e o trigo se tornariam menos nutritivos, além de danos também para a pecuária e a biodiversidade.
Segundo a embaixadora, é fundamental manter o aumento da temperatura em 1,5 graus e a COP 26 será a chance para isso.
O papel da fé
De acordo com Sally, os líderes religiosos desempenharam um papel fundamental na construção do ímpeto para a COP21 em 2015. Citou como exemplo a encíclica Laudato si’, do Papa Francisco. Também mencionou o Documento sobre Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência Comum. O documento foi assinado em conjunto pelo Pontífice e pelo Grande Imam de Al Azhar.
Ela informou que foram convidados cerca de 40 líderes das maiores religiões mundiais e dez importantes cientistas para somar no apelo da COP26. Os líderes e cientistas já se reuniram em seis reuniões virtuais ao longo dos últimos seis meses, expondo seus pontos de vista.
Aos líderes religiosos, é pedido o estabelecimento de sua própria teologia sobre o meio ambiente. Também que explanem as medidas que adotaram até agora para proteger o meio ambiente. Por fim, a articulação do que eles desejam para o futuro, incluindo o que gostariam de dizer aos líderes políticos da COP26.
Impulso inédito à COP26
Também presente na coletiva, o embaixador da Itália junto à Santa Sé, Pietro Sebastiani explicou a proposta do encontro de outubro. O evento quer trazer um impulso inédito à COP26, em um ano em que a Itália e a Grã-Bretanha têm, respectivamente, a presidência do G20 e do G7.
De acordo com Pietro, será também uma ocasião para discutir os temas ecológicos relacionados com aqueles da justiça social. E além disso, refletir sobre um modelo de desenvolvimento que “não pode continuar a produzir um custo ambiental insustentável e a aumentar as desigualdades sociais e econômicas”. Tais efeitos, por sinal, agravados pela pandemia da covid-19, recorda o embaixador.
“A mudança climática é também uma questão moral: devemos intensificar com urgência o nosso agir para responder à ameaça da mudança climática, em particular pelas jovens gerações e pelos países e comunidades mais vulneráveis”.
Fonte: Site Notícias Canção Nova
CNBB prepara mobilização para homenagear 500 mil mortos pelo novo coronavírus
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- Sexta, 18 Junho 2021 09:24
O Brasil se aproxima da lamentável marca de 500 mil pessoas vítimas do novo coronavírus. Nesse contexto de luto, perdas e necessidade de esperança e consolo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) prepara orações, homenagens e mobilizações sociais para fazer memória de tantos brasileiros e brasileiras que partiram e para ressaltar a mensagem de que “toda vida importa”.
A triste marca deve ser alcançada no próximo sábado, 19 de junho. Dessa forma, a CNBB escolheu a data para a promoção de atividades de sensibilização.
Programação
O Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, preside a Santa Missa na intenção das 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil, no sábado, às 15h. A celebração será no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), com transmissão pelas redes sociais da CNBB e por emissoras de TV de inspiração católica.
No horário de início da missa, todas as dioceses serão convidadas a tocar os sinos.
Solidariedade
Para o Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, a iniciativa da CNBB, com apoio de outras entidades, “é um ato de solidariedade, de esperança de compromisso para tentar fazer o Brasil um pouco melhor”. Ele acredita que todas as pessoas que, de algum modo, têm o mínimo de sensibilidade no coração devem parar nesse momento para refletir.
“É um número simbólico, meio milhão de pessoas é muita gente”, destacou Dom Joel.
O momento de oração e as manifestações que devem ocorrer durante esta semana representam, segundo Dom Joel, “um gesto de presença junto ao povo brasileiro e de solidariedade também com toda as pessoas tiveram covid-19 e, mais ainda, tiveram entes queridos mortos pela covid-19 em alguma situação de desassistência, com demora de vacina, desestímulo a medidas sanitárias todas – distanciamento, máscaras e afins”.
O momento de oração possibilitará que “cada um, independentemente do que creia ou não, possa parar, pensar e refletir”.
Fonte: Site da CNBB
“Dia da Paz para o Oriente”: nova iniciativa anual dos Patriarcas Católicos do Oriente Médio
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- Quarta, 16 Junho 2021 11:25
O 130º aniversário da “Rerum Novarum”, a encíclica assinada por Leão XIII em 1891, é o pano de fundo da nova iniciativa lançada pelo Comitê Episcopal “Justiça e Paz” do Conselho dos Patriarcas Católicos do Oriente Médio, para isso será realizada uma missa anual que celebrará o “Dia da Paz para o Oriente”. Neste ano, o aniversário cairá no domingo 27 de junho na ocasião, os países pertencentes à região se reunirão espiritualmente, com o objetivo de “estar juntos em profunda comunhão de oração”.
Ícone da Sagrada Família
Além disso, por ocasião do Ano de São José, atualmente em curso e proclamado pelo Papa Francisco para celebrar o 150º aniversário da proclamação do Esposo de Maria como Patrono da Igreja Universal, também será realizada a consagração do Oriente Médio à Sagrada Família. O evento será incluído na Missa a ser celebrada na Basílica da Anunciação em Nazaré, em 27 de junho de 2021, às 10h, com a participação de todos os Ordinários da Terra Santa. Para a ocasião, um ícone da Sagrada Família será abençoado, especialmente pintado e incrustado com relíquias da própria Basílica da Anunciação.
O ícone representa a Sagrada Família de Nazaré, que repousa sobre o altar da Igreja de São José, em Nazaré, onde, segundo a tradição, se encontrava a casa do pai putativo de Jesus. Em seguida o ícone será levado em peregrinação partindo do Líbano para todos os países do Oriente Médio e por fim à Roma, no final do Ano de São José, em 8 de dezembro. De Roma, a imagem sagrada fará então sua viagem de retorno à Terra Santa, onde permanecerá definitivamente.
Patriarca Pizzaballa: onde nasceu e vive a fé cristã, apesar do sofrimento
Para o “Dia da Paz para o Oriente”, é esperada a bênção apostólica do Papa Francisco. “Todos estão convidados a participar com sua presença e, se não for possível, com sua comunhão conosco em oração – afirma Dom Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém – para implorar a Misericórdia de Deus e Sua Paz no Oriente Médio, onde a fé cristã nasceu e ainda está viva, apesar do sofrimento”.
No ato de Consagração do Oriente à Sagrada Família, Jesus, Maria e José são invocados para proteger a população “em meio às crises políticas e econômicas que atingiram o Oriente Médio” e “em meio às repercussões da pandemia da Covid-19, que criou uma situação de instabilidade, medo e ansiedade”. À Sagrada Família são confiadas, portanto, “vidas, terras, medos e esperanças, jovens e famílias, para que cada família se torne uma Igreja doméstica e uma escola de santidade”. A esperança é “obter o retorno da paz e estabilidade” para o Oriente Médio, para que “seus habitantes possam viver com direitos e deveres iguais e desfrutar de uma vida livre e digna, independentemente de sua filiação religiosa e identidade nacional”.
Fonte: Site Vatican News
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