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Natal: Festa da Misericórdia

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Natal, o Filho eterno de Deus se fez carne por nós, no seio de Maria, sob a ação do Espírito Santo e nasceu em Belém de Judá. Maria “envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7).

É preciso unirmo-nos à Maria e a José, aos pastores de Belém e aos magos do Oriente e a todos os Anjos, para adorar o Menino-Deus. A multidão dos Anjos louvava a Deus cantando: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados” (Lc 2,14). O Filho de Deus se faz homem para nos salvar. O Deus de Misericórdia nos salva com sua vida na terra, com sua paixão, morte e ressurreição. Toda a vida de Jesus na terra foi um contínuo ato de amor ao Pai e à humanidade, uma oferenda permanente de amor, entrega e doação total.

O nascimento de Jesus, o Filho amado de Deus, é para o ser humano a máxima dignidade a que poderia aspirar. Ele fez sua a nossa humanidade para que nós pudéssemos participar da sua divindade.

Natal é tempo de contemplar com alegria este admirável mistério: a união entre Deus e o ser humano, entre o céu e a terra. Devemos celebrar o Natal, o nascimento de Jesus Cristo, não como um acontecimento do passado, mas como um evento de salvação que é para nós atual. Aquele que nasceu em Belém está conosco, hoje, no aqui e agora da nossa história e estará para sempre.

Natal é revelação da ternura de Deus para com cada um de nós, pois Ele vem ao nosso encontro e vem simples, humilde e pobre. Ele vem como criança que precisa dos cuidados de uma família. Natal é festa da família, da fraternidade, da solidariedade, da ternura e da paz. Celebra bem o Natal quem entra nesse clima de graça e de luz, quem de fato, se compromete em viver assim não só no dia do nascimento de Jesus, mas todos os dia da vida.

Natal, uma história de amor escrita pela pessoa e gestos de um Deus com feições humanas. Uma presença clara e visível de Deus. O apóstolo Paulo proclama: “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col. 1, 15). É a imagem clara de Deus, que se pode ver e sentir. Ele é presença, é realidade, é concretude.

É importante lembrar que a Igreja abrirá o Ano da Misericórdia no dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora e concluirá aos 20 de novembro de 2016. Em nossa Catedral celebraremos a abertura da Porta Santa no dia 13 de dezembro. O papa Francisco convocou a Igreja para que todas as pessoas possam experimentar a misericórdia de Deus. Assim escreve na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário da Misericórdia: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.

Com toda a Igreja acolhemos com alegria o convite do papa e desde já nos comprometemos em abrir as portas do nosso coração, das nossas casas, das nossas comunidades e das nossas Igrejas para que o Deus misericordioso possa entrar.

Celebremos o Natal do Senhor de modo digno, deixando que Ele ocupe o centro de nossa vida, de nossas atenções, acolhamos este presente do céu. Ele vem, é o nosso Senhor e Salvador que chega até nós. Sigamos seus passos, recordando a Palavra de Jesus: Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia e sede misericordioso como o Pai do céu é misericordioso.
Feliz Natal para todos.


Mons. Luiz Carlos de Paula
Pároco da Catedral Metropolitana

 

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