O Papa às famílias na abertura do Ano da Família: a Igreja está com vocês

Papa-em-2019-VM“Somos chamados a acompanhar, a ouvir, a abençoar o caminho das famílias; não apenas a delinear a direção, mas a fazer o caminho com elas; a entrar nas casas com discrição e com amor, para dizer aos esposos: a Igreja está com vocês, o Senhor se faz próximo de vocês, queremos ajudá-los a custodiar o dom que receberam.”

É o que diz o Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do webinar, um Simpósio de estudos sobre o tema “O nosso amor cotidiano”, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida junto com Diocese de Roma e o Pontifício Instituto Teológico João Paulo II, para abrir o Ano do Família, por ocasião do quinto aniversário de publicação da Amoris laetitia, esta sexta-feira, 19 de março, na solenidade de São José.

Quinto aniversário da Amoris laetitia

Já no início de sua mensagem, Francisco recorda este quinto aniversário da referida Exortação apostólica pós-sinodal sobre a beleza e a alegria do amor conjugal e familiar.

“Neste aniversário, convidei a viver um ano de releitura do Documento e de reflexão sobre o tema, até a celebração do X Dia Mundial das Famílias que, se Deus quiser, terá lugar em Roma em 26 de junho de 2022”, ressalta o Pontífice referindo-se a este “Ano da Família Amoris laetitia”.

Olhando para estes cinco anos transcorridos, o Santo Padre afirma que a Amoris laetitia traçou o início de um caminho buscando incentivar uma nova abordagem pastoral para a realidade da família. “A principal intenção do Documento – destaca – é comunicar, em um tempo e cultura profundamente mudados, que hoje é necessário um novo olhar sobre a família por parte da Igreja.”

Guardiões da beleza da família

“Não basta reiterar o valor e a importância da doutrina, se não nos tornarmos guardiões da beleza da família e cuidar compassivamente de sua fragilidade e de suas feridas”, prossegue o Papa em sua mensagem, destacando que a franqueza do anúncio evangélico e a ternura do acompanhamento são os dois aspectos coração de toda pastoral familiar.

“Por um lado – destaca -, anunciamos aos casais, aos cônjuges e às famílias uma Palavra que os ajuda a compreender o significado autêntico de sua união e de seu amor, sinal e imagem do amor trinitário e da aliança entre Cristo e a Igreja.”

O Papa reitera que a Igreja reafirma aos cônjuges cristãos o valor do casamento como projeto de Deus, como fruto de sua Graça e como um chamado a ser vivido com totalidade, fidelidade e gratuidade.

Fermento de fraternidade e amor na sociedade

“Este é a estrada para que os relacionamentos, mesmo através de um caminho marcado por fracassos, quedas e mudanças, possam se abrir para a plenitude da alegria e da realização humana e se tornar um fermento de fraternidade e amor na sociedade.”

Por outro lado, observa o Pontífice, este anúncio jamais pode e deve ser dado do alto e de fora:

“A Igreja está encarnada na realidade histórica como foi seu Mestre, e quando ela proclama o Evangelho da família, o faz mergulhando na vida real, conhecendo de perto as fadigas diárias dos cônjuges e pais, seus problemas, seus sofrimentos, todas aquelas situações pequenas e grandes que pesam e às vezes dificultam seu caminho. Este é o contexto concreto em que se vive o amor cotidiano.”

Anunciar o Evangelho, acompanhando as pessoas e colocando-nos a serviço de sua felicidade: desta forma – afirma o Papa – “podemos ajudar as famílias a caminhar de modo que responda a sua vocação e missão, conscientes da beleza dos laços e de seu fundamento no amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo”.

Pandemia tem colocado à prova os laços familiares

Neste tempo de pandemia, enfatiza Francisco, em meio a tantas dificuldades psicológicas e econômicas e sanitárias, tudo isso se tornou evidente:

“Os laços familiares foram e continuam sendo duramente colocados à prova, mas permanecem ao mesmo tempo o ponto de referência mais firme, o apoio mais forte, a proteção insubstituível para a estabilidade de toda a comunidade humana e social.”

Defendamos a família daquilo que compromete sua beleza

Ressaltando que o ano dedicado à família, que se inicia nesta sexta-feira, 19 de março, será um tempo propício para levar adiante a reflexão sobre a Amoris laetitia, O Santo Padre conclui com uma premente exortação:

“Apoiemos a família! Defendamo-la daquilo que compromete sua beleza. Aproximemo-nos deste mistério de amor com admiração, discrição e ternura. E nos comprometamos a salvaguardar seus preciosos e delicados laços: filhos, pais, avós… Há necessidade desses laços para viver e viver bem, para tornar a humanidade mais fraterna.”

Fonte: Site Vatican News

Comissão para a Liturgia oferece Orientações para a Semana Santa 2021

bible-2167778 1280A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou orientações e sugestões para a Semana Santa deste ano de 2021. O documento oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da pandemia da Covid-19, as quais interferem “de maneira extraordinária no modo de bem celebrarmos esses sagrados dias”.

“Novamente esta Semana Maior, a Semana Santa, será celebrada no contexto da pandemia da Covid – 19, que desde o ano passado nos obrigou a elaborar e adotar normas e práticas de segurança sanitárias que buscassem garantir a defesa e a conservação da vida de nossos fiéis, pelo cuidado com a não disseminação do vírus em nossas celebrações litúrgicas”, afirma o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, Dom Edmar Peron.

A decisão em dar as orientações surgiu na reunião virtual da Comissão no último dia 10 de março. Na ocasião, os membros consideraram importante oferecer aos bispos, “primeiros responsáveis pela vida litúrgica de suas Igrejas Particulares”, as indicações que levam em consideração as orientações litúrgicas divulgadas em maio do ano passado pela própria comissão, bem como pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em fevereiro de 2020.

Orientações

Para o Domingo de Ramos, as principais orientações indicam que sejam evitadas procissões; que a celebração seja feita com a segunda fórmula prevista pelo Missal Romano, dentro das igrejas; e que os fiéis sejam exortados a levar para a missa os seus próprios ramos.

A Missa do Crisma poderá ser celebrada, a juízo do bispo diocesano, na medida do possível, com uma representação de “pastores, ministros e fiéis”, na quinta-feira santa pela manhã ou em outro dia, preferencialmente ainda dentro do Tempo Pascal.

Para a Missa da Ceia do Senhor, a Comissão para a Liturgia orienta que seja omitido o Rito do Lava-pés, bem como a transladação do Santíssimo Sacramento, que deve ser conservado no tabernáculo.

O documento também oferece a mesma oração do ano passado para a intenção particular que pode ser inserida na Oração Universal durante a Celebração da Sexta-feira Santa. Para a Adoração da Santa Cruz, “seja utilizada a genuflexão simples ou outro gesto apropriado, evitando a utilização do beijo ou qualquer outro contato físico”.

No documento, Dom Edmar recorda afirmação da Nota da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. “Concebidas para tempos normais, as normas e diretrizes contidas nos livros litúrgicos não são inteiramente aplicáveis em tempos excepcionais de crise como estes. Portanto, o Bispo, como moderador da vida litúrgica na sua Igreja, é chamado a tomar decisões prudentes para que as celebrações litúrgicas se desenvolvam frutuosamente para o Povo de Deus e para o bem das almas que lhe são confiadas, no respeito da salvaguarda da saúde e das prescrições das autoridades responsáveis pelo bem comum”.

A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB recorda a encíclica Fratelli Tutti e deseja que a celebração do Mistério da Páscoa “reafirme aquela esperança ousada que sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna’. Caminhemos na esperança!” (Fratelli Tutti, n. 55).

As indicações completas podem ser conferidas no documento divulgado pela Comissão para a Liturgia. Baixe aqui.

Fonte: Site da CNBB

Cardeal Sandri faz apelo por Coleta Pró Terra Santa

terra-santa-Imagem-de-Anna-Sulencka-por-Pixabay-O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, fez um apelo em prol da Coleta Pró Terra Santa, na quinta-feira (11). A carta, também assinada pelo secretário Dom Gallaro, foi divulgada como instrumento para encorajar os fiéis a um gesto de solidariedade para preservar os Lugares Santos e manter as necessidades dos frades franciscanos na Terra Santa.

A iniciativa neste ano voltará a ser realizada na Sexta-feira Santa. Ano passado, por conta da pandemia, havia sido transferida para o mês de setembro. O destino da contribuição anual é ajudar a Igreja e os cristãos que vivem no Oriente Médio. A Custódia da Terra Santa cuida da preservação e revitalização dos lugares santos do cristianismo na Terra de Jesus. Além disso, os valores são voltados ao apoio e desenvolvimento da minoria cristã e assistência aos peregrinos na região.

Cardeal Sandri iniciou sua carta comentando sobre a Semana Maior: “Cada Semana Santa, tornamo-nos idealmente peregrinos de Jerusalém e contemplamos o mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo Morto e Ressuscitado”.

A coleta

Sobre a coleta, a carta afirma que esse modelo de fraternidade acontece com ofertas recolhidas em todo o mundo para ajudar os cristãos do Oriente Médio. A ação deriva da obra de reconciliação e de pacificação de Jesus. Isso foi recordado pelo Papa na Encíclica Fratelli Tutti e a partir do testemunho profético proposto por São Francisco de Assis.

“O fundamento do nosso ser todos irmãos e irmãs, é precisamente no Calvário, o lugar no qual, através da máxima doação de amor, o Senhor Jesus interrompeu a espiral de inimizade, destruiu o círculo vicioso do ódio e abriu para cada homem e cada mulher o caminho da reconciliação com o Pai, entre cada pessoa, com a própria realidade da criação.”, disse.

Pandemia

Cardeal Sandri recordou o ano difícil que o mundo viveu pela pandemia de coronavírus. “Foi, portanto, um ano de prova e assim também para a Cidade Santa de Jerusalém, pela Terra Santa e para a pequena comunidade cristã que habita no Médio Oriente que quer ser luz, sal e fermento do Evangelho.”

Em 2020, os cristãos da região sofreram um isolamento que os fez sentir ainda mais distantes. Precisaram ser separados do contato vital com os irmãos provenientes de vários países do mundo.

“Sofreram a perda do trabalho, devida à ausência de peregrinos, e a consequente dificuldade de viver dignamente e prover às próprias famílias e aos próprios filhos. Em muitos países o persistir da guerra e das sanções agravaram os efeitos da pandemia. Além disso diminuiu a ajuda econômica que a coleta pro Terra Santa, garantia cada ano, por causa das dificuldades vividas em outros países.”

Solidariedade

O documento pede que a indiferença seja superada. Cita o exemplo dado pelo Papa Francisco, através da figura do Bom Samaritano como modelo de caridade ativa, de amor empreendedor e solidário.

“A coleta pro Terra Santa 2021 seja para todos a ocasião para não voltar o olhar, para não passar adiante, para não ignorar as situações de necessidade e de dificuldade dos nossos irmãos e das nossas irmãs, que vivem nos Lugares Santos. Se diminuir este pequeno gesto de solidariedade e de partilha (São Paulo e São Francisco o chamariam de “restituição”) será ainda mais difícil para tantos cristãos daquelas terras de resistir à tentação de deixar o próprio país, será difícil manter as paróquias na sua missão pastoral, e continuar a obra educativa através das escolas cristãs e o empenho social a favor dos pobres e dos que sofrem.”

E reforça o pedido de solidariedade por todos os que estão sofrendo na região: “Os sofrimentos de tantos deslocados e refugiados que tiveram que deixar as suas casas por causa da guerra necessitam de uma mão estendida e amiga para deitar sobre as suas feridas o bálsamo da consolação. Não se pode enfim, renunciar do cuidar os Lugares Santos que são o testemunho concreto do mistério da Encarnação do Filho de Deus e da oferta da sua vida feita por nosso amor e para a nossa salvação.”

Fonte: Site Notícias Canção Nova e Vatican News

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