CNBB promove Debate Presidencial em Aparecida

Bandeira-do-BrasilA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmou para o dia 20 de setembro, às 21h30, o “Debate Aparecida”, que reunirá candidatos à Presidência da República para as eleições de 2018. O projeto, organizado e gerado pela TV Aparecida, acontece no Santuário Nacional, na arena do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.

A Rede Aparecida de Comunicação (Rádio, TV e Portal A12.com) fará transmissão simultânea pelas emissoras de rádio e televisão católicas, além de portais de internet. É a segunda vez que a emissora católica, a pedido da CNBB, organiza e transmite um debate de presidenciáveis. A primeira ocorreu no pleito eleitoral de 2014, quando os políticos tiveram a possibilidade de apresentarem suas ideias aos eleitores.

O debate eleitoral será mediado por um jornalista e tem previsão de duração de duas horas. Algumas perguntas apresentadas aos políticos serão sorteadas, outras feitas por bispos da CNBB e jornalistas previamente inscritos. Também estão previstas perguntas entre os próprios candidatos. Réplicas e tréplicas serão permitidas em alguns momentos.

Formato

O debate da TV Aparecida terá cinco blocos. No primeiro, o mediador fará a abertura, discorrendo sobre as emissoras que estão transmitindo. Em seguida, vai citar os nomes dos candidatos que estão presentes e os que não compareceram ao encontro. A primeira pergunta – destinada a todos os candidatos, que terão dois minutos – será feita por um (arce)bispo designado pela presidência da CNBB.

No segundo bloco será aberta a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador vai sortear o candidato que irá perguntar e o outro que responderá. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em dois minutos, réplica em um minuto e meio e tréplica em um minuto.

No terceiro bloco, as perguntas serão feitas por jornalistas indicados pela direção da Rede Aparecida de Comunicação. Os temas serão definidos previamente e as perguntas pré-definidas pela organização do debate. Será feito um sorteio na hora para definir qual candidato irá responder, no tempo máximo de dois minutos. No quarto bloco, será aberta novamente a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre.

No quinto e último bloco, as perguntas, com tema livre, serão feitas por bispos indicados pela CNBB, sendo um bispo para cada candidato. O mediador vai sortear na hora o candidato que irá responder. A pergunta será feita em até 30 segundos e as respostas em dois minutos. Neste bloco também serão feitas as considerações finais de cada candidato, sendo que cada um terá um minuto.

Fonte: Site da CNBB

Papa: em setembro, rezar pelos jovens africanos

Jovens-africanosQue os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país: esta é a intenção de oração indicada pelo Papa Francisco neste mês de setembro. Na tarde desta terça-feira (4), foi divulgado mais um vídeo produzido pela Rede Mundial de Oração do Papa.

Migração

Rezando nesta intenção, o Pontífice fala da migração, uma das consequências da falta de oportunidades para os jovens africanos. “A África é um continente rico, e a maior riqueza, a mais valiosa da África, são os jovens”, afirma o Papa no vídeo. “Eles devem poder escolher entre deixar-se vencer pela dificuldade ou transformar a dificuldade em oportunidade”.

Para fazer esta escolha, é preciso investir em educação. “Se um jovem não tem oportunidade de educar-se, o que poderá fazer no futuro?”, questiona Francisco, pedindo orações “para que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país”.

Desemprego

Segundo estatísticas da Organização Internacional do Trabalho do ano de 2017, 12,9% dos jovens africanos que têm entre 15 e 24 anos na África Subsaariana estão desempregados. Enquanto o número sobe para 28,8% para a mesma população nos países do Norte da África.

Por sua vez, a UNESCO estima que em 2017 quase 60% dos jovens africanos entre 15 e 17 anos de idade não frequentam a escola.

Sínodo

Ainda sobre a juventude, o Papa Francisco convocou para o próximo mês um Sínodo dos Bispos com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O evento se realizará em Roma de 3 a 28 de outubro.


*Fonte: Site do Vatican News

Basta de privilégios: Grito dos Excluídos chama atenção para a questão da desigualdade social

cartaz gritoNo dia 7 de Setembro, data na qual oficialmente se comemora a independência do Brasil, será realizado em todo país o 24º Grito dos Excluídos que, este ano, tem como lema “Desigualdade gera violência: BASTA DE PRIVILÉGIOS!” e tema “Vida em primeiro lugar”. Segundo a Coordenação Nacional, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a questão da desigualdade social, cada vez maior, entre os poucos endinheirados e os milhões de despossuídos. “Este sistema não permite que a vida esteja em primeiro lugar, porque privilegia o capital”, diz a coordenação.

Ainda segundo a coordenação, o Grito se constitui em um espaço onde as pessoas se sintam capazes de lutar pela mudança, através da organização, mobilização e resistência popular. Nesse contexto, em coletiva de imprensa realizada no dia 30 de agosto, na sede do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em São Paulo, o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, Dom Eduardo Vieira dos Santos, afirmou que as denúncias trazidas pelo Grito são pertinentes, porque, de acordo com ele “temos uma sociedade excludente”.

“Uma grande camada da sociedade vive à margem dessa mesma sociedade, sem direito à moradia, sem direito à alimentação adequada, sem direito à saúde, ao trabalho, e todos esses aspectos fazem parte da vida e da dignidade humana. Enquanto tivermos uma parcela, que seja um da sociedade, que passe por essa situação, há sim sentido no Grito dos Excluídos, ainda que esse excluído não seja o que grite, mas os seus irmãos devem gritar por ele”, afirmou o bispo.

Segundo Dom Eduardo, a base do cristianismo é a solidariedade. “Aquele que se omite diante do sofrimento do irmão, aquele que recua em defender o seu irmão diante do sofrimento não está vivendo o Evangelho, não está seguindo a Cristo”, assegurou. A fala do bispo se deu após a denúncia de Bruna Silva. Jovem, a moradora do complexo da Maré, no Rio de Janeiro, teve seu filho Marcus Vinícius, 14 anos, morto no dia 20 de junho pela Polícia Civil, quando estava a caminho de sua escola. Marcus era estudante da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.

Para o economista Plínio de Arruda Sampaio Filho, também presente na coletiva, a violência que mata 62 mil pessoas no Brasil é o resultado da administração da barbárie, com a crescente exploração dos mais pobres e da militarização. “As vítimas são os mais pobres e 70% deles são negros”, lembrou. Ainda segundo o economista, a desigualdade social que existe, e que mais uma vez o Grito dos Excluídos denuncia, é resultado de um sistema que não enxerga e pauta as necessidades de sua população e sim a manutenção do sistema atual que exclui e promove a barbárie aos mais pobres. “Na economia, essa barbárie é o chamado ajuste fiscal, o ataque à previdência, à política pública. Por que nenhum candidato [à presidência da República] tem a coragem de pautar a Dívida Pública? ”, questiona.

Para a socióloga Rosilene Wansetto, uma das coordenadoras do Grito, enquanto a PEC dos gastos não for revogada nada de diferente poderá ser feito no país. “É preciso que as pessoas questionem quais são as prioridades da população brasileira? Por que congelar investimentos na Saúde e Educação por 20 anos? Para que o Estado brasileiro está servindo?”, questionou a socióloga, que também denunciou a presença militar do Estado nas comunidades e favelas brasileiras.

O Cartaz

O cartaz do 24º Grito dos Excluídos é de autoria de Nivalmir Santana, artista plástico formado pela Belas Artes de São Paulo e Unesp. Ele trabalha há mais de 28 anos com arte sacra em igrejas espalhadas por todo o Brasil. Atua como músico no curso de verão na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, desde 1991.

Segundo Nivalmir Santana, o cartaz retrata a união dos marginalizados e do povo sofrido que luta por vida mais digna. “Esse povo unido caminha para o sol, que ilumina todas as classes. O sol para o qual esse povo se volta é Cristo, que pela páscoa dissipa todas as trevas e clareia todas as coisas”, explica. Ainda de acordo com ele, a mulher como figura principal retrata a geração da vida, que une as forças e luta com o povo sofrido, especialmente na atual conjuntura que vive o povo brasileiro.

História do Grito

A proposta do Grito dos Excluídos brotou do seio da Igreja, em 1995, para aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade daquele ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e para responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.

*Fonte: Site da CNBB

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