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Não tenhais medo!

Não-tenhais-medo-diz-o-SenhorNo evangelho do 12º do Tempo Comum, Ano A, celebrado este ano a 21 de junho, Jesus diz três vezes aos apóstolos: “Não tenhais medo”. Em muitos outros lugares e ocasiões, Ele repetiu esta mensagem, como, por exemplo, na tempestade em alto mar.

Desta vez, contudo, o Senhor está dando instruções, enviando seus discípulos para a missão. Aliás, todo o capítulo 10 de São Mateus é sobre a escolha e o envio missionário dos apóstolos. E, ao mesmo tempo que os escolhe e os envia, Cristo não esconde a verdade e nem a realidade difícil que eles iriam encontrar. No versículo 16, Ele diz: “Eis que vos envio como ovelhas para meio de lobos”.

Tendo em vista o incentivo à coragem indicada por Jesus nesta perícope mateana, poderíamos nos perguntar: o medo não seria importante em nossa vida, para evitar certas situações perigosas?

Na situação atual, por exemplo, quando o mundo inteiro enfrenta a pandemia do Covid-19, não estamos todos envoltos num clima de medo, sujeitos a sermos contaminados, de morrermos ou perdermos um parente com esta doença? Por causa deste medo, nos prevenimos, ficamos isolados em casa, lavamos as mãos e usamos álcool em gel a toda hora. Hoje, com pequenina abertura para as celebrações, podemos colocar 30 pessoas numa igreja onde cabem mais de mil, e tomamos uma série de medidas quase obsessivas para evitar a doença. E ouvimos Jesus dizer: “Não tenham medo!”. Não haveria contradição nisso?

Prestemos bastante atenção no texto do evangelho. Nosso Senhor fala de dois tipos de medo. No versículo 28, Ele afirma: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; teme, antes, aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno”.

De fato, há dois tipos de medo. Podemos chamá-los de ‘medo bom’ e ‘medo mau’. O medo bom é uma virtude: a prudência. Jesus já havia dito aos Apóstolos: “Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10, 16b). A prudência nos ensina a não arriscar a vida à toa, mas ter a sabedoria para discernir o que é bom e o que é mau. Ela é uma das quatro virtudes cardeais – consideradas as virtudes básicas de todas as demais -, que ainda incluem a Fortaleza, a Justiça e a Temperança, e que estão presentes na Bíblia, no Livro da Sabedoria (cf. Sab 8,7).

Quanto à Prudência, ou seja, o ‘medo bom’, devemos alimentá-lo, tendo os devidos cuidados com a saúde, não abusando da bebida, das drogas, do consumismo desenfreado, da gula. O medo de ofender a Deus, “de não amá-Lo como convém” – como cantamos na missa de Pentecostes -, o medo de não ser fiel à fé, de negar a Cristo na hora do perigo, de não agir com a caridade para com todos, sobretudo com os pobres, são medos legítimos, são a prática da virtude da prudência.

Mas Jesus previne também contra o medo paranoico, o medo irresponsável, o medo hipócrita, o medo paralisante, o medo que trai a missão de propagar e dar testemunho da fé, de ‘proclamar o evangelho pelas ruas e sobre os telhados’, como diz o lema de nosso 2º Sínodo Arquidiocesano, nesta nossa ‘Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em missão’.

Enfim, Nosso Senhor preveniu o Apóstolos ao enviá-los para a missão, pois haveriam de ser perseguidos. A Igreja, por ser o corpo místico de Cristo, sempre será perseguida de várias formas e quem nela caminha não tenha a ilusão de viver tranquilo, sem necessidade de uma hora ou outra mostrar sua coragem, com serenidade e firmeza. Lembre-se todo fiel que Jesus também disse “coragem, eu venci o mundo” (Jo 16, 29-33), e ainda afirmou: “Aquele que perseverar até o fim, este é que será salvo” (Mt 10, 22).

O convite é que sejamos fiéis, pois é a fidelidade a Deus que nos garante a salvação e salva a obra de Cristo que Ele mesmo confiou à sua Igreja, que somos nós. Não tenhamos medo. A obra será sempre do Senhor.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Santíssima-Trindade-site-scaledA festa da Santíssima Trindade, celebrada no dia 7 de junho, nos recorda a verdade sobre Deus e a base sólida da Igreja de Jesus Cristo. No evangelho daquele domingo, escutamos o Senhor dizer que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra tudo o que n’Ele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 18).

Ao terminar sua missão na terra, Jesus envia os Apóstolos para evangelizar o mundo: “Ide por todo o mundo, fazei discípulos meus entre todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,20). São Paulo, na II carta aos Coríntios, despede-se de seu povo com esta expressão: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão com o Espírito Santo estejam com todas vós” (II Cor 13, 13).

Em muitos outros lugares Jesus nos fala da Trindade Santíssima e os apóstolos foram sempre fiéis a esta doutrina. Deus é uno e trino. São três pessoas distintas, mas inseparáveis. Por isso, repetimos muitas veze ao dia: Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Santo Atanásio, Bispo de Alexandria, no Egito, no século IV, grande teólogo no primeiro Concílio da Igreja em Niceia (325), escreveu:

Não devemos perder de vista a tradição, a doutrina e fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os santos Pais transmitiram. De fato, a tradição constitui o alicerce da Igreja, e todo aquele que dela se afasta deixa de ser cristão e não merece mais usar este nome.

Ora, a nossa fé é esta: cremos na Trindade, santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de criador e criatura, mas toda ela é potência e força operativa.

Santo Atanásio explica que todas as coisas foram criadas pelo Pai, por meio do Verbo, ou seja, por Cristo, e no Espírito Santo. Assim se dá também na salvação, na Páscoa, e na ação do Espírito Santo, em Pentecostes.

No Antigo Testamento não se encontram referências explícitas a não ser a Deus uno, pois os Deuses Filhos ainda não conheciam, revelado na encarnação do Verbo, o Messias que esperavam. Ao Espírito Santo, de forma imperfeita, se referiam apenas como uma força, mas não como uma pessoa divina.

Jesus, contudo, se apresenta como Filho de Deus Altíssimo e se refere ao Espírito Santo como uma pessoa distinta. Cristo é a luz que ilumina a mente humana para se conhecer a verdade plena. Com Ele aprendemos que Deus é uno, mas não é só; é três, mas não é dividido. Se Deus é amor, Deus só poderia ser comunidade, porque, para haver amor, é necessário haver aquele que ama, aquele que é amado e o amor em si. O Pai ama o Filho, o Filho ama o Pai e o Espírito Santo é o amor personificado entre o Pai e o Filho.

A festa da Santíssima Trindade tem profunda ligação com o Sínodo Arquidiocesano, pois nos recorda, outra vez, que Deus é um e é comunidade de amor, nos ensinando a etimologia do termo “Sínodo”, que significa Caminhar juntos. Em nossa vida pastoral e em nossa ação evangelizadora o princípio é este, buscando um objetivo único que é levar Cristo aos outros e trazer outros para Cristo, cumprindo nossa aspiração de formar uma Igreja em saída, tal quanto a Trindade Santíssima que não se fecha em si mesma, mas envia Deus Filho para nos salvar. A única razão de ser Igreja é a se tornar cada vez mais missionária. Por isso nosso hino sinodal canta “ide, ide evangelizar: proclamai o evangelho pelas ruas e sobre os telhados. Dizer ‘sinodalidade’ é dizer fraternidade e comunhão, conhecer as direções que o Espírito nos dá”.

A Santíssima Trindade é uma escola de amor e de paz. Assim vivamos para nos tornarmos, cada vez, a sua imagem e semelhança. Amém.


Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Carta aos dizimistas

dizimoPrezado (a) Dizimista,

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Ninguém considerava suas as coisas que possuía,
mas tudo entre eles era posto em comum.” (At 4,32)

O dízimo deve ser compreendido como partilha que santifica, fruto da generosidade, colocado a serviço da própria comunidade eclesial local e diferenciado de outras ofertas ou coletas; por isso, hoje, gostaríamos de agradecer a atitude generosa nesse momento tão difícil para todos nós. Sua contribuição nos impulsiona a seguir em frente na prática da evangelização diária.

Ao fazer a sua oferta do dízimo pela conta bancária, você pode enviar o comprovante do depósito para o e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., destacando o seu nome, o código da carteirinha e o mês para darmos baixa no sistema. Além disso, o dizimista que estiver com a carteirinha em casa deve anotar o mês em que está contribuindo para facilitar o seu controle durante a Pandemia do Coronavírus (Covid-19). Se a sua carteirinha estiver na recepção paroquial da Catedral, informamos que você pode fazer a sua oferta nos horários de segunda a sexta-feira de 7h às 18h. 

Ao celebrar a Eucaristia, levamos Jesus ao seu lar pela WebTV A Voz Católica, Rádio Catedral FM 102.3, Facebook da Catedral, de segunda a sexta, às 12h e 18h e aos domingos, às 10h. Nessa ocasião, incluímos no 2º domingo de cada mês as intenções de cada dizimista. 

Obrigado por fazer parte da nossa família dizimista!


Pe. José de Anchieta Moura Lima
Pela Equipe Paroquial – Adm. Paroquial


Dados bancários e informações pelos telefones: (32)3250-0700 / Contato pelo WhatsApp: (32) 98867-0419
E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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