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Conclusão do Ano da Misericórdia

encerramento-ano-da-misericordiaDepois de percorrer um ano na escola da misericórdia, encerramos o Ano Santo Extraordinário. Domingo passado, nas Dioceses do mundo inteiro, foram fechadas as Portas Santas. No presente Domingo, Festa de Cristo Rei do Universo, o Papa Francisco faz o mesmo rito na Basílica de São Pedro, em Roma.

Em nossa Arquidiocese de Juiz de Fora, incluímos à significativa cerimônia a ordenação de dois novos ministros consagrados, um para a Ordem do Presbiterado e outro para o Diaconado, a saber, Padre Miguel Souza Campos e Diácono Bill Jonatas. Esperamos que possam viver seus ministérios como ícones da misericórdia, recordando a todos o dever de estar sempre atentos a esta virtude, sem a qual não há salvação, conforme o evangelho de Mateus.

De fato, a Misericórdia para Cristo é indispensável para a salvação, como está expresso no referido evangelho, onde se lê: Vinde, benditos de meu Pai, possuí como herança o reino que vos está destinado desde a fundação do mundo, pois, tive e fome e me deste de comer, sede e me deste de beber, estava nu e me vestistes, estava na prisão e fostes me visitar, estava doente e me socorrestes, era estrangeiro e me acolheste! (Mt 25,34-46).

Aos que forem infiéis às obras de misericórdia, ele proclamará inevitavelmente a sentença de condenação, uma vez que foi recusada a graça oferecida.

Mateus, narrando sua própria vocação apostólica, diz que Cristo, ao aceitar seu convite para uma refeição, terminou seu discurso com as seguintes palavras: Quero Misericórdia e não sacrifício. De fato não vim para chamar os justos, mas os pecadores (Mt 9, 13).

Estas palavras de Cristo nos remetem aos costumes dos judeus de oferecerem sacrifícios de animais ao Altíssimo. Tal atitude seria, sem dúvida, louvável se revestida de sentimentos autênticos de doação, de reconhecimento do Senhorio de Deus sobre nós e nossas coisas. Porém, esta atitude de oferta, pura e simplesmente, não é suficiente para a salvação. Isto só se dará com a oferta do Cordeiro Imolado, o Cristo que ofereceu, no altar da cruz, seu corpo e sangue.

Quanto ao sacrifício de animais dos antigos judeus, com o passar dos tempos, para muitos o costume foi se tornando rito vazio, desligado da vivência do amor ao próximo, da caridade, do compromisso com os irmãos, sobretudo com os pequenos. Também, pode-se observar na história dos hebreus que, pouco a pouco foi se desenvolvendo entre algumas classes um sentimento de desprezo pelos estrangeiros, e por aqueles que consideravam pecadores, chegando até mesmo a certo orgulho religioso. Lembremo-nos da parábola do fariseu e o publicano (Cf. Lc 18, 9-14).

O Senhor, ao chamar Mateus, um judeu detestado e considerado pecador, por ser cobrador de impostos, servidor do governo opressor do Império Romano, indo inclusive almoçar em sua casa, em companhia de outros pecadores, causou estranheza aos fariseus, mas dá uma lição para a história.

O Ministério Diaconal é a expressão de Cristo-Diácono, servidor do Pai das Misericórdias, cujos olhos estão voltados preferencialmente para o pobre e o pequenino. No serviço humilde e dedicado a todos, santos ou pecadores, o Diácono realiza sua vocação, enquanto permanece unido aos sentimentos de Cristo, servindo com alegria e sabendo dizer com descanso na alma: fiz o que deveria fazer; de minha parte sou um servo inútil.

A Ordem do Presbiterado oferece um passo à frente no serviço total a Deus, na misericórdia da ação pastoral, na celebração dos mistérios de Cristo, com santidade, no governo humilde e misericordioso da parcela do povo de Deus que for colocada pelo Bispo ao seu cuidado.

Em qualquer destas funções, há de haver o primado da Misericórdia, a atenção aos que mais precisam dela, aos considerados pecadores, aos quais o Senhor quer oferecer nova oportunidade, inclusive pelo exercício do sacramento da Confissão, o sacramento da misericórdia.

O gesto necessário de fechar as portas do Ano Santo não funciona como o findar da prática da misericórdia - seria um contrassenso - mas justamente ao contrário. Depois do exercício espiritual de um ano temático, tem início agora um novo tempo em que se poderá ser muito mais misericordioso que antes.

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

MENSAGEM URGENTE DO ARCEBISPO

Cartao-SOS-Haiti-Furacao-600MISERICORDES SICUT PATER!

Tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos é a mim que estareis fazendo (Mt 25, 40).

Ao Clero e a todo o Povo de Deus

Em vista dos grandes sofrimentos, da fome e da sede pelos quais nossos irmãos haitianos estão passando, vítimas de recentes desastres ecológicos, lançamos neste sábado, 22 de outubro, Memória Litúrgica de São João Paulo II, a Campanha SOS HAITI, na Arquidiocese de Juiz de Fora, solicitando que em todas as Paróquias e Comunidades seja feita coleta de alimentos não perecíveis a serem enviados àqueles nossos irmãos em estado de penúria.

Para coordenar tal Campanha, nomeio o Reverendíssimo Padre Welington Nascimento de Souza, Vigário Paroquial da Catedral Metropolitana, que organizará uma Comissão para, com ele, viabilizar a arrecadação e o encaminhamento das doações ao seu destino.

Ficam os Párocos e Administradores Paroquiais encarregados de promover tal campanha em suas paróquias e encaminhar o material arrecadado à Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, sob os cuidados do mencionado padre coordenador.

Recordo a necessidade ser sermos céleres e dedicados, pois a fome e a sede não esperam.

A todos agradeço o atencioso empenho e envio especial bênção em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Juiz de Fora, 22 de outubro de 2016

Mensagem à Igreja Católica no Brasil

jubileu-de-aparecida

ANO NACIONAL MARIANO

Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se aprender”.
“Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”
(Papa Francisco)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, a iniciar-se aos 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.

Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco).

A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus.

O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).

Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano.

A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida nos ajude a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!

Brasília (DF), 1º de agosto de 2016

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília (DF)
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de S. Salvador da Bahia (BA)
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-Geral da CNBB

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