chamada blog

Jesus em Família

sagradafamiliaMais uma vez a Igreja do Brasil celebrou a Semana da Família. Nesta oportunidade, agradecemos ao Pai, rico em misericórdia, pelo dom maravilhoso de nossas famílias. O Ano Santo da Misericórdia ofereceu a ocasião de refletir o significado do amor de Deus experimentado na vida e convivência familiar.

Também Jesus, o verbo da misericórdia do Pai feito homem, foi acolhido na vida, cresceu, se desenvolveu, educou-se na sua convivência em família. O Evangelista Mateus apresenta José de Nazaré como um homem justo, obediente à vontade de Deus, silencioso, homem de profunda intimidade orante com Deus e capaz de todos os sacrifícios por sua família. Menino, ainda, no colo e em seus primeiros passos na vida, foi no rosto de José de Nazaré que Jesus viu manifestado a ele o quão era grande e belo o amor de Deus-Pai. O Evangelista Lucas, tece-nos o rosto profético de Maria Nazaré. Mãe tão linda e santa que foi capaz de dizer sim a todo o projeto de Deus sem colocar questões e sem jamais sentir medo. Herdeira da coragem e prestezas de todas as mães de Israel, ela de forma perfeita e total inaugurou em sua fidelidade e dedicação o seguimento a Jesus, seu filho e nosso salvador. Por 30 anos, na convivência com José e Maria, com Zacarias e Isabel, com Joaquim e Ana, e muitos outros familiares, Jesus se fez solidário a humanidade, mostrando plenamente a misericórdia do Pai.

Um dia, já adulto e morando em Cafarnaum, Jesus estendeu sua família sendo acolhido por Pedro, na casa de sua sogra. A família de Cafarnaum abria-se a todos os que esperavam a vinda do Messias. Longo foi acrescida por André, João, Tiago, Zebedeu, Mateus, Madalena, Joana, Susana e muitos outros discípulos. Nesta convivência familiar e humildade em seus caminhos pela Galileia, Jesus inaugurava a nossa família que chamamos de Igreja. Ele mesmo nos disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,49-50).

No dia final de sua vida entre nós, antes de início definitivo do Reino de Deus por sua Ressureição, ao pé da cruz, também ali, Jesus reuniu sua família. De sua cruz, ele disse à sua mãe, apontado para todos nós, “estes são os teus filhos”. Depois, Jesus olhou para cada um de nós, seus discípulos amados, e nos disse: “está aí a sua mãe”. Desde então, a Igreja é o lugar em que convivemos com a mãe do Senhor e nossa mãe. Desta experiência de fé e comunhão aprendemos sem cessar a misericórdia do Pai.

                                           Por Pe. Geraldo Dondici Vieira
                                      a pedido de Dom Gil Antônio Moreira

Jornada Mundial da Juventude

jmjDe 25 de julho a 1º de agosto de 2016, na cidade de Cracovia, na Polônia, acontecerá mais uma Jornada Mundial da Juventude – JMJ. A misericórdia foi escolhida como tema de reflexão da JMJ 2016, cujo lema escolhido foi: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia". (Mt 5,7)

A Jornada Mundial da Juventude é um evento internacional, organizado pela Igreja Católica, que reúne jovens de todo o mundo, católicos e de outras confissões, a cada dois ou três anos, desde 1984. O evento tem como objetivo incentivar a participação dos jovens na Igreja, compartilhar e celebrar a sua fé e meditar na mensagem que o papa escolhe para cada Jornada.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude é um grande encontro de jovens de todo o mundo à volta do Santo Padre. É uma forma de evangelização da Igreja, que através das Jornadas continua a anunciar a mensagem de Jesus Cristo aos jovens.

A Jornada, além de reunir milhares ou milhões de jovens e pessoas de todas as idades, é testemunho vivo de uma Igreja sempre em renovação. Os jovens são os protagonistas deste grande evento que é um verdadeiro espetáculo de fé, esperança, amor e união. Muitas atividades acontecerão durante a Jornada: as celebrações, as confissões, as catequeses, os eventos culturais, momentos de partilha e vida comum. A cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a Via-Sacra, a Vigília dos jovens com o Papa e a Missa de encerramento são os atos centrais.

É uma grande alegria enviarmos jovens de nossa Arquidiocese para a Jornada Mundial da Juventude, para o encontro com o nosso amado Papa Francisco.

Rezemos pela Jornada Mundial da Juventude e pela visita do Papa Francisco a Polônia, terra natal do nosso querido São João Paulo II, para que seja um momento de muitas bênçãos e graças do céu para os jovens e para toda nossa Igreja.

                                                    Mons. Luiz Carlos de Paula
                                               Pároco da Catedral Metropolitana

O pão de Santo Antônio

antonioEntre as imagens de Santo Antônio, a que mais me agrada é aquela que o representa oferecendo o pão. Ele traz num dos braços o Menino Jesus que segura uma cesta de pães e que os vai entregando ao santo para que os distribua. À entrada do Seminário Maior da Arquidiocese de Juiz de Fora há uma imagem destas. Muitas vezes, fico admirando-a quando entro por aquela porta. É carregada de ternura e de ensinamentos.

Quando celebramos a festa de Santo Antônio, em muitos lugares, como em nossa Catedral, temos o costume de abençoar os pães e distribuí-los gratuitamente a quem quiser e tiver fé. Muitas padarias oferecem de graça centenas de pães às igrejas para este belo costume. Os fiéis às vezes pegam dois: um para comerem respeitosamente, pedindo as bênçãos de Deus; o outro, põem na vasilha de farinha ou outro mantimento para que Deus nunca deixe faltar o necessário para viver. Este gesto é uma verdadeira oração feita não tanto com palavras, mas com a força do elemento simbólico.

O costume se baseia num fato da vida de Santo Antônio. Conta-se que ele era tão caridoso para com os sofredores, que lhe doía muito no coração ver alguém passando necessidade. Certo dia distribuiu todos os pães da despensa de seu convento para os pobres. Quando o irmão cozinheiro foi preparar a refeição para os frades, deparou-se com os grandes cestos todos vazios na despensa. Olhou, voltou a olhar e constatou o fato sem saber o que fazer. Ficou apavorado. Indo falar com o então Frei Antônio, este lhe disse: volte à despensa, confie em Deus. Ao voltar, encontrou os cestos repletos de tantos pães que pôde servir, com fartura, aos frades e aos pobres.

Este fato é recordado até hoje com muita admiração pelo povo, com os costumes acima descritos e ainda por associações de caridade com o título de “Pão de Santo Antônio”.

De fato, Santo Antônio desejoso de imitar em tudo a bondade de Jesus, não se esquecera nunca das palavras registradas no evangelho de São Mateus: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me acolhestes, estava nu e me vestistes, doente e cuidastes de mim, na prisão e fostes me visitar” (Mt 25,35 - 36).

Lembremo-nos que Jesus também matou a fome de muita gente, como nas multiplicações de pães e dos peixes, como relatado pelos quatro evangelistas (cf Mt 14, 13 -21; Mc 6, 35- 44; Lc 9, 10 - 17 e Jo 6,5 - 15). Em todos estes trechos, Jesus se serve de outras pessoas, no caso os Apóstolos, para distribuir os pães aos famintos.

Jesus, porém, não fez o bem apenas às pessoas de sua época, mas continua com a mesma atitude de bondade através da história, servindo-se dos seus discípulos de todas as épocas para praticar e para ensinar a lição do amor ao próximo.

O exemplo de Santo Antônio continua vivo animando os homens e mulheres do nosso tempo, às vezes tão marcados pelo egoísmo, a abrir mão de parte do que cada um tem, em benefício daqueles que nada têm ou não têm o suficiente para viver; e ainda a lutar para a transformação desta sociedade em mais justa, fraterna e solidária.

Neste Ano Santo Extraordinário, a vida de nosso Padroeiro se traduz em força para a vivência das Obras de Misericórdia espirituais e temporais em nosso caminhar rumo ao céu.

                                                  Dom Gil Antônio Moreira
                                         Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Arquivos

Tags

  1. Facebook
  2. Twitter
  3. Instagram
  4. Video